Ator.
Atuou no longa-metragem “Surferssauros
Tubarões de Copacabana”.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Amor pelo cinema, quando uma proposta de roteiro é boa, emociona na primeira
leitura e o dinheiro passa a ficar muito insignificante diante de sentimentos
nobres.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Criei junto com amigos, atores, produtores, diretores, uma mostra de curtas-metragens
no Restaurante Nativo, foi uma fase de imersão no Universo do curta-metragem, promovi
curtas em um projeto de música que criei, produzo desde 1996, porém meu contato
direto com o cinema vem de longa data, precisamente 1985, quando aos 15 anos
fiz meu primeiro filme publicitário em película 35mm. Era uma época em que
diretores brilhantes do cinema de hoje como Jorge Furtado e Beto Brant, entre
tantos outros faziam apenas publicidade e trabalhei com todos os maiores do
cinema de hoje.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Quando a verba é baixa o lobby é baixo e a
prostituta da mídia só vai na grande polêmica ou onde se encontra alguma forma
de ganhar algum dinheiro que não é na categoria curta! Pena, pois o fomento a
tudo, precisa de interesse proveniente de mídia, mesmo que espontânea para
fazer crescer e girar sua economia mesmo que informal.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Na internet primeiro, lógico, pelo menos um teaser, Nas escolas, praças,
metrôs, ônibus e pontos de ônibus além é claro das telonas antecedendo e
aquecendo as sessões.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Lógico é a escolinha, a categoria onde os talentos
são revelados. Onde todo gênero possui sua chance, mesmo aquele que não faz
nada de linha comercial em um experimento pode ousar em ideia e que sabe gerar
novos conceitos.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Evidentemente, necessário essa escola, até pra se
fazer um bom teaser de lançamento, a escola deve ser dos compactos e ricos de
soluções curtas metragens.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Ser da
família Moreira Salles, ou Barreto, ou possuir tráfico de influência e
embasamento político para angariar grandes verbas.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Sou produtor Ancine faz tempo, mais de dez anos, Roteirizei, dirigi e fiz
a produção executiva de 34 filmes categoria documentário média-metragem, posso
dizer que me sinto muito seguro para 26 minutos em qualquer plataforma. Depois
do meu primeiro grande festival de cinema que participei como diretor, produtor
executivo e roteirista, de 2007 pra cá me sinto apto para criar soluções de
como contar uma história através da multimídia e até das novas plataformas que
ainda não conhecemos a forma de contar será a mesma, mudaremos velocidades e
qualidades, mas cinema será sempre cinema, a respeitada sétima arte.
Observação: meu
primeiro grande festival de cinema que participei como diretor produtor
executivo e roteirista foi em 2007 no Festival de Gramado, meus filmes passaram
a semana toda no telão de rua principal, aquele gigante na frente do Palácio
dos Festivais
Fui o
destaque do primeiro Cine Ambiental na mesma semana do grande Festival, mas
apenas como ator do filme que terá exibição na Mostra Internacional, não competitiva ainda por não estar lançado.