Atriz. Acumula vários trabalhos no teatro, dentro e fora do país. Na televisão, destaca-se a atuação na segunda temporada da série ‘Morando Sozinho’, do Canal
Multishow. Atualmente pode ser vista no seriado Psi, da HBO. Participou do filme 'A Estrada do Diabo', previsto para ser lançado no próximo ano.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Como atriz brasileira não posso deixar de comentar o fato de que no
Brasil são muito restritas as oportunidades para o campo cinematográfico
especialmente para quem esta no início da carreira. Desta forma, participar de
curtas é uma grande oportunidade. Sendo muito importante também que o ator se
encante pelo roteiro, vendo nele uma oportunidade de expressar ideias que
acredita.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Foram experiências interessantes em que pude vivenciar um pouco do mundo
do cinema, o qual me encanta muito. É muito gratificante poder interpretar
diferentes personagens e histórias e dentro deles poder levar um pouquinho da
gente e com isso poder atingir diferentes pessoas. Além de atriz também sou
graduada em audiovisual pela FAAP, o que me permitiu desenvolver muito projetos
não apenas atuando, mas também vivenciando as outras facetas de uma produção
cinematográfica como direção, produção, direção de arte entre outros.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da
mídia em geral?
Acredito que essa é uma questão cultural especialmente no Brasil, que só
será mudada a medida que se produza cada vez mais curtas metragens e se criem
mais espaços para a sua divulgação e com isso chamem mais atenção da mídia.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
Uma forma de atingir um público maior e criar um hábito seria diminuir
os trailers e a publicidade antes dos filmes para exibição de pelo menos um
curta metragem. Os curtas também poderiam ser exibidos nas Universidades em
cursos de diversas áreas do conhecimento, não só nas faculdades de comunicação social.
E porque não ocasionalmente a TV brasileira abrir um espaço para a exibição dos
curtas? Acredito que seria uma forma de mudar a concepção do público em geral
sobre os curtas-metragens.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou
produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza, é uma oportunidade excelente para o aprendizado, na qual é
possível colocar em prática o conhecimento adquirido na área, mas especialmente
é uma possibilidade de se expressar ideias, sonhos, conceitos, e valores, assim
contribuindo para que o outro, espectador, possa compartilhar desse universo.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Pode ser, mas isso não é uma regra. Com certeza caracteriza-se numa boa
oportunidade para mostrar o trabalho dos profissionais envolvidos e isso pode
levar a conquista de novos espaços.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
A escolha do tema do filme é extremamente importante, depois a seleção
dos profissionais envolvidos, o cuidado na sua produção e finalmente o empenho
para sua divulgação. O envio do filme para a participação de diversos festivais
nacionais e internacionais é extremamente interessante, pois possibilita além
da ampla divulgação uma oportunidade de ser visto por grandes profissionais da
área cinematográfica.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Tenho interesse, tenho vários projetos na gaveta,
mas tenho um em especial que estou no momento desenvolvendo o roteiro.