Cena da peça "Hotel Puramente Familiar".
"Hotel puramente familiar era uma comédia que fiz ao lado
da minha amiga Zilda Mayo, e ficamos muito tempo em cartaz no Teatro Abertura,
que ficava na Praça Padre Péricles, no final do Minhocão. Hoje ali é uma
empresa da Telefonica. Foi nessa época que estreitei meus laços de amizade com
a Zilda, e também passei por momentos dolorosos quando perdi meu pai. Chorava
de dia e tinha que fazer o público sorrir a noite. E é nesses momentos que você
aprende a valorarizar as pessoas que te cercam e entender o sentido literal da
palavra amizade."
"CVV Boa noite tem
história pra contar...rs. Era uma comédia do Ronaldo Ciambroni (o autor mais
encenado no Brasil) e que fizemos, coincidentemente e simultaneamente, a Zilda
Mayo e eu. Ela viajava quando estávamos em São Paulo com a peça e vice-versa.
Foi um espetáculo que deu muita polêmica, porque o CVV –Centro de Valorização
da Vida- que é uma ONG respeitada que atende pessoas que ligam num momento de
desespero em que pensam em suicidar-se, nos processou porque usávamos a sua
sigla. Ademais, a personagem principal (que era eu...rs) liga para o CVV
dizendo que vai se matar, mas na verdade, o número que ela liga é de um tarado
que se anunciou como CVV para ir à casa de mulheres desesperadas. O CVV também
nos processou por isso: dizia que a peça atentava contra a seriedade e filosofia da ONG. O caso é que, entre processos e polêmicas, a mídia deu muita
publicidade pra nós e ficamos anos viajando com o espetáculo. Pra causar mais
polêmica, diziam que a Zilda e eu brigávamos pelo direito de fazer a peça,
quando na verdade éramos super amigas. Deixávamos o “fale mal”, mas fale de
nós, porque nos interessava para o espetáculo."
Tem um louco em minha
cama. Este é, precisamente, o nome que o Ciambroni teve que por
para substituir o CVV. (Risos)...