Atriz. No cinema atuou em “Procura-se”; “Dona Inês”; “Sol para Poucos”; “Tina” e; “Rapsódia da
Natureza Feminina”.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Uma boa história com personagens bem construídos e uma equipe profissional e
organizada.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Trabalhei em alguns, principalmente no início de carreira onde você precisa
reunir material de vídeo e experiência curricular. É muito comum se trabalhar
com uma espécie de "escambo" no mercado de curtas onde o ator doa seu
trabalho recebendo somente uma ajuda de custo em troca do material em vídeo.
Mas é preciso estar atento e seletivo para não cair em ciladas. Sempre procurei
sentir se o resultado seria condizente e significante.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito
que isso ocorre, pois os curtas atingem muito pouco o grande público. Via de
regra são enviados para festivais e apresentados a um público restrito. Ainda é
pequeno o espaço que os curtas-metragens têm para ser exibidos ao grande
público.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Talvez as
emissoras de TV aberta e a cabo pudessem utilizar a exibição de curtas como uma
alternativa na sua grade de programação. Exibir cinco curtas na sequência como
se fosse um livro de crônicas ao invés de romance como geralmente trabalham em
séries e novelas. E também as salas de cinema poderiam criar eventos mensais
onde tivesse um dia e horário específico para exibir somente curtas
selecionados.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que
sim. Por não ser um trabalho tão divulgado ao grande público permite que possa
se explorar a veia artística de uma maneira mais arriscada e menos convencional
talvez. Você tem mais liberdade no sentido que não há uma fórmula pronta a ser
seguida. É um nicho mais plural nesse sentido.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não sei.
Pode ser. Depende do curta, depende do longa-metragem... Difícil afirmar isso.
Pode ajudar como experiência e vitrine a todos os profissionais envolvidos de
certa forma, mas não é garantia.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Poxa,
quem dera eu soubesse essa resposta. (risos). Não sei. Acho que ainda estamos
caminhando para algo nesse sentido. Talvez se desapegar dos sucessos e fórmulas
bem sucedidas e buscar uma linguagem sua, despertando novas possibilidades. Mas
não tenho conhecimento nem experiência para responder essa pergunta. Acho que o
mercado de audiovisual no Brasil está em pleno crescimento e amadurecimento.
Acho cedo para afirmarmos que há uma receita. O negócio é experimentar.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Por enquanto não. Já escrevi
alguns. Mas prefiro atuar, escrever e produzir. Deixo a direção a cargo de
outros por enquanto. Quem sabe um dia a vontade surja...