Atriz. No cinema, participa dos seguintes trabalhos:
"Nomes Próprios" (2007), com roteiro e direção de Marcio Mehiel, "Estrada dos Sonhos" (2004),
documentário sobre o 32º Festival de Cinema em Gramado, com roteiro e direção
de Rodrigo Castelhano, e o curta-metragem "Queimando a Língua"
(2004), com roteiro e direção de Rodrigo Castelhano.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Para
aceitar um trabalho sempre levo em consideração o roteiro e a direção. Mas o
roteiro é o que mais me atrai.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Tenho
ótimas recordações de todos os curtas onde trabalhei. Gostaria de ter feito
mais! Acho que é um trabalho sempre muito intenso, criativo, onde aprende-se
muito e uma ótima oportunidade para experimentar uma nova linguagem.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito
que isso ocorra por ser um tipo de mercado ainda pouco conhecido do grande
público. Talvez não traga o retorno financeiro desejado. É uma pena! Mas não há
melhor propaganda do que o boca a boca. Se o trabalho for muito interessante,
ele ficará conhecido mesmo sem este espaço.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Ganhar
espaço nos cinemas, antes da exibição de um longa, é sempre uma opção
maravilhosa, desperta o interesse. Mas também acho que hoje em dia a Internet é
a opção com maior alcance. Sites voltados para este mercado, ou mesmo sites
como Youtube!, Vimeo, podem contribuir muito para a divulgação deste tipo de
trabalho.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com
certeza! Hoje em dia é possível produzir um curta com um orçamento muito baixo.
Isso dá mais liberdade para ousar, experimentar e criar. Para o ator também,
pois ele precisa encontrar um caminho muito interessante, fugindo do óbvio,
para acompanhar este tipo de estrutura.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Se este
for o desejo, acredito que possa ser sim. Muitos longas-metragens nasceram de
curtas. Recentemente trabalhei em um projeto assim e foi muito interessante
observar esta transformação e as diferentes formas de contar a mesma história.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
O audiovisual
brasileiro está crescendo muito, de forma acelerada e isso é uma conquista
incrível. Na minha opinião a receita é investir em roteiros. Ainda somos
carentes de bons roteiros, mas isso também está mudando. Eu acredito muito
nesses novos profissionais que estão ingressando no mercado.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Penso sim. A minha visão ainda é
muito voltada para a atuação e tenho muito a aprender nesta área. Mas o tempo e
a experiência trazem o amadurecimento e a vontade de explorar novos caminhos.
Tenho muita admiração pelo trabalho de direção e sei que, para isso, precisarei
estudar muito antes de me aventurar. Espero um dia concretizar esta vontade!