terça-feira, 31 de março de 2015
Conversações com R.F.Lucchetti
Matéria da
jornalista Cynara Menezes – do blog Socialista Morena - a respeito do livro ‘Conversações com
R.F.Lucchetti’. Leiam em: http://socialistamorena.com.br/r-f-lucchetti-x-ze-do-caixao/
segunda-feira, 30 de março de 2015
domingo, 29 de março de 2015
Conversações com R.F.Lucchetti
Saiu hoje, no jornal A
Cidade, de Ribeirão Preto, matéria a
respeito do livro 'Conversações com R.F.Lucchetti', que será lançado, nesta
segunda-feira, no Reserva Cultural. Leiam em: http://www.jornalacidade.com.br/lazerecultura/NOT,2,2,1047595,Conversacoes+com+um+mestre.aspx
sexta-feira, 27 de março de 2015
Conversações com R.F.Lucchetti
Matéria da Revista
IstoÉ, deste final de semana, a respeito do livro 'Conversações com
R.F.Lucchetti'.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Conversações com R.F.Lucchetti
A partir do quinto minuto você assiste a entrevista que eu e Rubens Francisco Lucchetti concedemos ao programa 'Holofote', da TV Mais, de Ribeirão Preto. O link: http://www.tvmaisribeirao.com.br/programa/holofote/holofote-24-03-2015/
Conversações com R.F.Lucchetti
A Revista Lampião publicou uma matéria a respeito do livro 'Conversações com R.F.Lucchetti'. Leia em: http://revistalampiao.com.br/blog/conversacoes-com-r-f-lucchetti-retrata-um-dos-principais-desenhistas-do-pais/
quinta-feira, 19 de março de 2015
Vanessa Lóes
Atriz. No cinema atuou em ‘O Amigo Dunor’; ‘O Caso Morel’; ‘O Guerreiro Didi e a Ninja Lili’ e ‘Big Shit’.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
É cinema!!
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Fiz apenas três curtas. O primeiro deles rodado em 35mm. Cinema puro! Os
outros dois já em HD. É uma experiência completamente diferente. Nos dá muito
mais possibilidade de ousar, arriscar, experimentar. Mas não tem a mesma
magia...
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da
mídia em geral?
Provavelmente pela falta de espaço para exibição nos cinemas.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
Acho que seria muito simpático se antes de cada filme houvesse a
exibição de um curta-metragem nacional. Poderia se estipular um limite de tempo
para esses curtas para que as sessões não ficassem muito longas.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou
produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que sim! Principalmente nesta era digital. Hoje temos equipamentos
de ponta que viabilizam produzir, filmar e finalizar um curta de forma
praticamente caseira com muita qualidade. Essa facilidade nos possibilita
produzir mais, e consequentemente, experimentar mais.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Imagino que quem queira fazer um longa-metragem comece com um curta, ou
um documentário para ganhar experiência... Neste sentido sim, seria um
trampolim.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Muita força de vontade e um certo lobby!!
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Gosto mesmo é de atuar. Mas em casa eu edito
algumas coisas e gosto muito de fotografia. Talvez um dia, em parceria com
alguém. A ideia de dividir uma direção é simpática!
Silvio Da-Rin
Cineasta. Diretor do curta-metragem ‘Phoenix’ e do longa-metragem ‘Hércules
56’. Em 1984, dirigiu o
premiado curta-metragem ‘O
Príncipe do Fogo’, sobre o
criminoso Febrônio Índio
do Brasil. Em 2007, foi nomeado
Secretário do Audiovisual do Ministério
da Cultura, ocupando o cargo que era exercido por Orlando Senna.
O que te faz aceitar participar de
produções em curta-metragem?
Minha primeira aproximação prática com o
cinema, ainda na adolescência, se deu por meio do cine clubismo. Em 1967, com
17 anos, fui eleito presidente da Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro,
que congregava 32 cineclubes da Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A
Federação funcionava na Cinemateca do MAM, o que me proporcionou acesso aos
clássicos do cinema brasileiro e mundial. Em 1968, o movimento estudantil e,
após o AI-5, a oposição armada à ditadura, me levou à militância política
clandestina e duas prisões. Só retomei o cinema quando se aproximava a anistia
e começava, lentamente, a avançar o processo de abertura política. Em 1977 foi
finalmente regulamentado o artigo da Lei 6.281, que criava uma reserva de
mercado para exibição de curtas brasileiros junto aos longas metragens
estrangeiros, no circuito comercial. Caso não houvesse o sistemático boicote
dos exibidores e distribuidores estrangeiros, esse dispositivo teria
possibilitado aos curta metragistas uma atividade sustentável, pois a renda de
um curta praticamente possibilitava a realização do próximo. Organizamos a
Cooperativa dos Realizadores Cinematográficos Autônomos – Corcina, que chegou a
reunir 52 diretores. Na Corcina, fui sucessivamente vice-presidente, secretário
e presidente. A falência da “lei do curta” nos fez buscar alternativas.
Conseguimos então implementar na Embrafilme, pela primeira vez, um sistema de
concursos públicos trimestrais para seleção de projetos de produção de curtas.
Foi uma conquista da Associação Brasileira de Documentaristas – ABD, que passei
a presidir em outubro de 1983. Minha geração encarava o curta metragem como um
meio privilegiado de expressão e intervenção pública: baixo custo, curta
duração e contundência. Realizei 'Fênix' em 1989, 'Mutirão' em 1980 e 'Príncipe do fogo' em 1984. Eu era o único técnico de som da Corcina, o
que me levou, em menos de três anos, a gravar som direto para mais de 40
filmes, entre curtas e médias.
Conte sobre a sua experiência em
trabalhar em produções em curta-metragem.
Entre 1978 e 2005, gravei som direto para
mais de cem curtas e médias. Produzi alguns, dirigidos por amigos próximos e
por Sandra Werneck, minha companheira na época. Tínhamos uma câmera 16mm e um
kit de captação de som, formado por Nagra e alguns microfones e acessórios.
Toda minha formação profissional cinematográfica se deu nesse ambiente de
produção independente, nos anos de abertura política no Brasil, quando os
filmes eram marcados por empenho, voluntarismo e espírito militante, no sentido
político e artístico.
Por que os curtas não têm espaço em críticas
de jornais e atenção da mídia em geral?
Esse é um fenômeno mundial. A crítica
cinematográfica especializou-se em longas metragens e entende que sua função é
orientar o público a escolher o filme que vai assistir. Como o curta não dispõe
de um circuito próprio, não existe crítica regular de curtas nos grandes meios
de comunicação, somente nos blogs e revistas virtuais que surgiram na última
década.
O curta-metragem para um profissional (seja
ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para
experimentação?
Sem dúvida, o formato permite uma liberdade
de experimentação que não se pode encontrar em filmes de maior orçamento e
equipes numerosas. O curta sempre foi o espaço por excelência da inovação e
experimentação no cinema. Recentemente, com o surgimento dos equipamentos
digitais de baixo custo e maior portabilidade, filmes com características
experimentais têm sido feitos em longa metragem, o que é ótimo. A falta de um
circuito regular acabou por transformar o curta em um formato quase amador.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um
longa?
Não necessariamente. Nos anos 1980, quando
conquistamos um sistema de financiamento para o curta, muitos realizadores
fizeram o que, na época, chamávamos de “curta portfólio”, ou seja, filmes para
demonstrar a produtores a capacidade de realização de longas. Mas o curta é um
formato em si próprio, muitos realizadores têm extensa filmografia que não
inclui um único longa, somente curtas.
Qual é a receita para vencer no audiovisual
brasileiro?
Se existisse receita, a atividade não seria
tão fascinante. Objetos artísticos não resultam de fórmulas, mas de criação.
Não há garantia para o sucesso, mesmo no caso de produções com ingredientes
altamente comerciais. Alguns produtos da Globo Filmes demonstraram isso
recentemente, atingindo público imensamente inferior às expectativas dos
produtores.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Meus projetos atuais são todos documentários.
Alguns de longa-metragem. Outros são séries para televisão.
Julio Adrião
Ator. Em 2007, participa da minissérie
"Amazônia", da Rede Globo. No ano seguinte, atua no filme
"Verônica", de Maurício Farias, e, em 2009, é convidado pela Nat Geo
(Inglaterra) para o papel do traficante John, na série "Locked up Abroad –
Brazil" (Férias na prisão). Ainda em 2009, participa do longa
"Sudoeste", com direção de Eduardo Nunes, no papel de Sebastião. Em
2010, foi o Governador Gelino, em "Tropa de Elite 2" e o Dr. Guido,
em "A Quente, a Frio", de Juliana Reis.
O que te faz aceitar
participar de produções em curta-metragem?
Considero todas as oportunidades de trabalho, pois é sempre
um novo momento de aprendizado.
Conte sobre a sua
experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Foram poucas, mas, sempre muito bem-vindas. Meu primeiro
contato com a câmera foi em curtas e aprendi a cada vez. Tive a sorte de
trabalhar com pessoas que sabiam o que queriam e que souberam me transmitir
isso. Acredito no trabalho de equipe, olho no olho, respirando junto e não
apenas cumprindo uma função.
Por que os curtas não
têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito que, assim como para as cenas-curtas de teatro, não
existe um modelo comercial para absorver essa demanda. Tempos atrás você ia
assistir a um longa e assistia, de quebra, a um curta que você nem sabia que
existia. Era um modelo interessante de fazer chegar ao público, mas, ao fim de
um dia de exibições, esses 20 minutos se tornavam 100 minutos e acabavam por
eliminar um dos horários do cinema, e isso era contrário ao interesse dos
exibidores. A crítica parece dar espaço somente aos curtas-metragens que são
premiados em festivais, ainda assim, não recebem o mesmo espaço dos longas, o
que é uma injustiça.
Na sua opinião, como
deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acredito que o antigo formato de exibição antes dos longas-metragens
já era um avanço. Atualmente existem programas de TV que exibem curtas. Isso
poderia acontecer mais. Jornadas de curtas seriam também uma forma. Salas pequenas,
com programação intensa de curtas seria lindo. Imagine poder esperar por um
compromisso assistindo a um curta. Seria como sair para o recreio no meio do
dia de trabalho.
O curta-metragem para
um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de
liberdade para experimentação?
Todo espaço criativo é campo de experimentação. Não vejo
diferença, a não ser pelo formato mais curto e, eventualmente, mais econômico
que um longa.
O curta-metragem é um trampolim para
fazer um longa?
Pode ser. É sem
dúvida um formato que permite uma aproximação, mas não vejo como um espaço de
menor compromisso com a qualidade de qualquer um dos envolvidos na produção.
Qual é a receita para
vencer no audiovisual brasileiro?
Receitas, como as de cozinha, são apenas um registro de algo
que um dia funcionou, mas que, nem por isso, deva ser seguido à risca. De qualquer modo, a criatividade do artista brasileiro
sempre esteve muito ligada à limitação de recursos a serem driblados para a
concretização da ideia. Desse modo, com a atual maior facilidade técnica em se
rodar um filme, longa ou curta-metragem, creio que a melhor receita seja a de
sempre: trabalhar com o que você acredita e com pessoas que acreditam e gostam
de você. A relação humana ainda faz a diferença. Além disso, os editais já
melhoraram nossa realidade de produção e irão melhorar, mais ainda, com o
aprimoramento das leis e do formatos dos editais.
Pensa em dirigir um
curta futuramente?
Não corro atrás de ter uma ideia. Espero pela contaminação.
Se um dia isso acontecer, certamente darei meu jeito.
Olivia Araújo
Atriz. Ganhou o prêmio de melhor atriz
no Festival de Cinema do Recife e no cine Ceará, por seu desempenho no filme
"Domésticas", direção Fernando Meirelles e Nando Olival. Também atua
nos filmes "Gonzaga de Pai pra Filho", direção de Breno Silveira,
"Espertices e Valenturas", direção de Luiz Henrique Rios, "Onde
Está a Felicidade?", direção de Carlos Alberto Riccelli, "O Contador
de Historia", de Luiz Villaça, e "Cidade de Deus", de Fernando
Meirelles. Na televisão, entre outros trabalhos, destacam-se:
"Mothern" (GNT), "Retrato Falado", "Ciranda de
Pedra", "Por Toda a Minha Vida - Cartola", "Som e
Fúria" e "Cheias de Charme", todos na Rede Globo. Atualmente
pode ser vista na telenovela ‘Chiquititas’, no SBT.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Bom, primeiro o fato de adorar a linguagem, o roteiro e a oportunidade de se
experimentar.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Gostei
do que fiz, na verdade fiz pouco, geralmente os curtas são feitos entre amigos
por conta de orçamento e são poucas as produções que conseguem uma estrutura
maior.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho
que falta divulgação embora haja festivais, e mostras, mas é pouco para atrair
público, e os investidores que geralmente pensam em retorno; consequentemente
sem investimento, sem divulgação, sem mídia, o curta-metragem não é visto
comercialmente.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acredito
que deveria se exibido no cinema como acontece com a propaganda dos filmes que
estão para entrar em cartaz, também colocar em outros espaços mais
alternativos, me lembro que há alguns anos atrás tinha exibição de curta no
muro do cemitério de Pinheiros as pessoas ficavam em frente de um bar o ‘Ó do
Borogodó’ e os filmes passando no muro era ótimo, tem também hoje um movimento
na Rua Augusta, o cinema na laje, acho interessante e que atrairia um publico
maior.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem
duvida que sim, tem-se uma liberdade maior de criação.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não
sei, acredito que todo cineasta, que se dedica aos curtas tenham vontade de se
experimentar em um longa, é um caminho natural.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Tem
receita? Acho que não, talvez persistência.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Nunca pensei nisso, nem sei se saberia fazer, prefiro
atuar.
WJ Solha
Ator. ‘Bezerra
de Menezes: O Diário de um Espírito’; ‘O Som ao Redor’; ‘Era Uma Vez Eu, Verônica’;
entre outros filmes, constam em sua importante filmografia.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos
curtas para atingir mais público?
Houve, décadas atrás, a obrigatoriedade de
exibição de um curta-metragem antes de todo e qualquer longa, mas os
exibidores, irritados, selecionaram – é o que me consta – os shorts piores
possíveis, para que o público exigisse o fim da medida. Vi, de fato, a multidão
vaiando alguns desses trabalhos ruins, no cinema, impaciente para ver o filme
principal. Como a ideia, em si, me parece boa, fica a sugestão de que a seleção
dos “complementos” da programação seja feita por quem é do ramo.
O curta-metragem para um profissional (seja
ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade
para experimentação?
Neste momento vivo a euforia ante ‘O Som ao
Redor’, do Kleber Mendonça Filho, de que participei, como ator. Porque o filme
é poderoso, inovador. Mas basta ver a filmografia anterior do cineasta
pernambucano, para ver que foi nos curtas que ele “se formou”, “tornou-se o que
é”.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um
longa?
Se você fizer pergunta semelhante pra um
contista, “Conto é trampolim pra romance?”, ele certamente será grosseiro.
James Joyce sabia que conto é conto – ou não teria feito “Dublinenses” –
romance é romance, ou não teria produzido “Ulisses”. Machado contista é um,
Machado romancista é outro. São gêneros absolutos em si. Como Michelangelo
escultor, Michelangelo pintor, Michelangelo poeta, Michelangelo arquiteto. Não
vejo como, por exemplo, querer que o curta “A Canga”, do Marcus Vilar, de que
fui roteirista e ator, tornar-se “melhor” na adaptação de minha novela com o
mesmo nome. Um selo pode ser uma obra-prima, tanto quanto um outdoor.
Qual é a receita para vencer no audiovisual
brasileiro?
Seriedade. Trabalho. Uma coisa foi minha
participação em filmes em que o diretor perguntava se o texto estava decorado e
fazia um ensaio com luz e câmera, outra,
as em que tive laboratório e ensaios de grande intensidade.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Nunca me imaginei como diretor.
Clarissa Mayoral
Cantora e atriz. Já
trabalhou em diversas peças de teatro, publicidade, produziu e atuou em curtas-metragens,
estudou cinema e é Radio e TV. Como cantora produziu e compôs seu primeiro EP e mais dois videoclipes.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Bom a
principio eu queria ganhar experiência e portfólio como atriz. Após a faculdade
de cinema eu aprendi como produzir uma peça audiovisual e realizei juntamente
com um amigo meu o nosso próprio curta-metragem. Foi uma experiência incrível
que me motivou e deu autoconfiança para ir atrás dos meus próprios projetos
independentes, e não ficar dependendo apenas de convites.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Minha
principal experiência como produtora, atriz e diretora em Curta foi com o curta
" A Bunda". Tudo começou quando ouvi uma história engraçada que
aconteceu com meu amigo Diogo Picchi. Aí pensei... Porque não filmar isso? Vai
ficar engraçado ! Foi tudo uma grande brincadeira... Resolvi roteirizar e
arregaçar as mangas, chamei meu amigo Lucas Kakuda um fera ! Todos os atores também
eram amigos meu, e as locações foram o Ibirapuera e metro ( filmamos sem autorização
mesmo) a casa do Lucas Kakuda, o consultório de um dentista amigo meu e a farmácia
foi uma dificuldade pra conseguir pois ninguém queria deixar ainda mais por se
chamar ‘A Bunda’ (risos) ninguém levava a serio, mas quando eu estava quase
desistindo uma amiga que eu tinha acabado de conhecer e trabalhava na indústria
de medicamentos conseguiu ! Uffa! Filmamos tudo em quatro dias... E missão
cumprida! O filme foi para o festival de filmes brasileiros em Los Angeles e
ainda para o festival de cinema em Cabo Frio. Super valeu a pena não gastamos
nada e a principal lição é: quem tem amigos tem tudo !
Pra quem
quiser assistir o resultado está aqui: http://www.youtube.com/watch?v=etS88cnLepE
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e
atenção da mídia em geral?
Porque não ha
uma costume cultural, um habito na vida das pessoas de prestigiarem esse formato
de filme. O povo brasileiro é basicamente formado por televisão (Rede Globo). O
cinema nacional já sofre para conquistar o seu espaço no mercado, imagina
curtas... E a classe media e alta frequenta os cinemas e assiste a televisão também
não, é tudo uma questão de habito.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para
atingir mais público?
Exibi-los na
televisão aberta, ao menos uma vez por semana.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação,
direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim. Pois
pode-se realizar uma ideia com poucos recursos e sem pensar no interesse dos
"fornecedores de verba".
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não necessariamente.
Acho que o curta-metragem tem seu espaço para ter uma historia estruturada com
começo, meio, e fim. Se quer fazer um longa tenha um projeto para longa, filme
um teaser e corra atrás de verba, parceiros e uma equipe competente.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Paixão, fé.
Persistência.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Com certeza. Estou aberta a convites, e pré-produzindo
um roteiro comigo e com a minha família atuando que vai ficar muito bonito se
Deus quiser...
Otavio Cury
Cineasta. Sócio da produtora ‘Outros Filmes. É dele os
filmes ‘Um Samba para São Mateus’; ‘Expedicionários’; ‘Cosmópolis’; ‘Urban-Age
South America’ e; ‘São Paulo, Redes e Lugares’.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em
produções em curta-metragem.
Dirigi alguns curtas documentários, todos
relacionados a personagens ou situações da cidade de São Paulo.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição
dos curtas para atingir mais público?
Acho que os festivais
de curtas são importantes. E também sessões regulares em cinemas, como já houve
o ‘Curta as 6’ ou como o MIS tem feito ultimamente.
O curta-metragem para um profissional (seja
ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para
experimentação?
Sim, o curta-metragem
permite a experimentação, é um formato adequado para isso.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um
longa?
O curta pode ser um
trampolim para um longa, no sentido de se experimentar algo em uma escala
menor, seja personagem, ou a própria narrativa, para depois leva-la a um
estágio mais complexo, que é o longa.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Tenho alguns roteiros escritos, mas no
momento não estou produzindo nenhum. Espero que em algum momento eles saiam do
papel.
sexta-feira, 13 de março de 2015
quinta-feira, 12 de março de 2015
terça-feira, 10 de março de 2015
Amanda Banffy
Atriz e Diretora Teatral.
Bacharel em Artes Cênicas pela ECA-USP
(2002-06), e formada pelo CPT de
Antunes Filho, além de ter feito oficina com Ariane Mnouchkine (Théâtre du Soleil). Atuou como
protagonista em dois longas-metragens,
um deles é "Fluidos" (2009) direção Alexandre Carvalho, e fez
participação no longa "Dois
coelhos" (2012) direção Afonso Poyart e em "Memórias da
Boca" com direção de Tony Ciambra.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Um bom roteiro, uma boa ideia ou um bom personagem. Além da possibilidade de
exercitar com mais frequência a atuação diante das câmeras.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha primeira atuação em curta-metragem foi em 2004, quando eu ainda era
estudante de Artes Cênicas da ECA-USP e aceitei participar de uma produção dos
alunos de Audiovisual. Lembro que no começo eu não me sentia a vontade com a
câmera. Eu vinha de experiências no teatro, e me sentia segura no palco. Depois
participei tanto de curtas universitários como profissionais, foram uns dez
curtas no total e também atuei em quatro longas. Hoje em dia me sinto muito
tranquila, percebi que quanto mais experiência os atores adquirem, mais natural
conseguem ficar diante de uma câmera. Com o tempo vamos descobrindo “truques”,
aprendemos a estar em parte vivendo o personagem e em outra parte ter
consciência sobre como se posicionar para que a melhor imagem seja captada.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Talvez por falta de hábito de assistirmos curtas. Estamos todos acostumados a
ir ao cinema ou alugar um DVD no formato de longa-metragem. Existe um mercado
bastante lucrativo de longas, o que movimenta a mídia e as críticas. E também
falta um pouco mais de divulgação.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
O ideal mesmo seria ter mais espaço na TV aberta, programas que se dedicassem a
selecionar, exibir e comentar bons curtas. O Zoom da TV da Cultura, que pelo
visto não existe mais, exibia alguns curtas. Outra alternativa para uma grande
divulgação são as redes sociais, seria interessante criarem uma página que
selecionasse bons curtas e postasse com frequência, estimulando as pessoas a
assistirem e compartilharem.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem dúvida. Para fazer um curta você gasta menos dinheiro e menos tempo, então
pode se atrever a correr riscos. Eu acho fundamental a experimentação de novas
linguagens em todas as artes, inclusive no cinema. Para mim, as formulas
comerciais já se desgastaram faz tempo, cansou. Quero assistir filmes que me
despertem novas formas de ver o mundo, que me façam pensar em coisas fora da
obviedade.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho que é uma boa forma de aprender a fazer cinema e ganhar experiência. Mas,
mesmo eu já tendo atuado em quatro longas (entre eles “Dois Coelhos” de Afonso
Poyart e “Fluidos”de Alexandre Carvalho) não deixo de participar dos filmes de
curta duração. Alguns roteiros caem bem num formato curto, ficariam forçados e
ruins se tentássemos esticá-los. Recentemente gravei dois curtas “Hyppólita” e
“Alguém para conversar contigo quando anoitecer”, ambos com roteiro e direção
de Ruy Jobim Neto, são histórias que se encaixam perfeitamente naquele curto
tempo, e são muito bem contadas. No segundo, o formato será fora do
convencional. Nem o roteiro, nem a direção deixa claro quem são aquelas pessoas
e qual a relação entre elas, isso é que é interessante, deixar lacunas que
façam o espectador pensar e participar criando seu próprio entendimento.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
O que é vencer? Infelizmente existe uma distância entre bons filmes e filmes
que dão grande bilheteria, nas artes em geral é assim. Num país onde a educação
é precária, muitas vezes filmes geniais não são compreendidos pelo grande
público. O que leva as pessoas ao cinema são os nomes famosos que estão no
elenco, o que não é necessariamente sinônimo de qualidade. Precisamos continuar
realizando filmes de arte e lutando para eles tenham espaços de exibição.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Já pensei
em dirigir cinema sim. Além de atriz, sou formada em Direção Teatral. São duas
coisas que me instigam: a experimentação de linguagem e a direção de atores.
Quando atuo, tanto em curtas como em longas, percebo que poucos cineastas
tiveram uma formação adequada no que diz respeito a direção de atores. Sinto
falta de uma direção de interpretação mais consciente e minuciosa. Outra coisa
que sinto falta é da ousadia de desconstruir a fórmula comercial de se fazer
cinema, nem todos tem essa motivação. Por isso já senti vontade de eu mesma
dirigir alguns curtas e colocar tudo isso em prática. Nesse momento os projetos como atriz estão tomando todo meu tempo e
energia, mas quem sabe no futuro eu venha a dirigir alguns curtas. A vontade
existe.
Estela Nunes
Atriz. Atuou em ‘Amigas’, com direção de Márcio de
Lemos; ‘Menina Nina’, de Luciana Alckmin; ‘Praça Clóvis’, com direção de Rene
Brasil; entre outros.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Principalmente
o roteiro, não importa se é um curta ou um longa-metragem, o roteiro tem que me
encantar de alguma maneira para que eu queira fazer parte daquela estória.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Eu
comecei a fazer teatro muito cedo (15 anos), e quando estava para terminar o
curso profissionalizante, fui buscar uma faculdade que completasse o que eu já
estava estudando. Encontrei a faculdade de cinema da FAAP e decidi fazê-la. Com
isso, comecei a ter contato com diversos profissionais da área de cinema, e
assim comecei a trabalhar em curtas-metragens.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Se para
os longas já é difícil conseguir distribuição e divulgação, para os curtas
ainda mais. O retorno e exposição daqueles que apoiam ou patrocinam filmes é
muito maior em um longa-metragem. Acho que esse é um dos motivos para a falta
de espaço para os curtas.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho bem
interessante algumas iniciativas de exibir um curta antes de algum longa.
Assim, os curtas atingiriam um público infinitamente maior do que apenas os de
festivais específicos e, quem sabe assim, despertaria o interesse de mais
pessoas por curtas.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que
existe grande liberdade de experimentação sim, seja para um diretor encontrar
sua linguagem ou para um ator ganhar experiência de atuação para cinema.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não sei
se diria trampolim, pois nesse mercado não existe fórmula. O que é real é a
experiência que um curta te traz e a prática traz a excelência. Acredito
que fazendo um trabalho bem feito, oportunidades podem surgir sempre, e no
cinema não é diferente.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Como
disse, não existe uma fórmula para o sucesso. Tenho amigos que estão muito bem
posicionados nesse mercado e outros que continuam na batalha por um lugar ao
sol. Porém, a persistência e talento são fundamentais para vencer nesse
mercado.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Não digo
que dessa água não beberei, mas por enquanto a minha paixão é na frente das
câmeras. Mas quem sabe no futuro?
Guilherme Magon
Ator.
Estreia no cinema,
em 2008, no filme "Rinha", com roteiro e direção de Marcelo Galvão. Em
2011, participa da montagem brasileira do musical "Mamma Mia!". Em
2013, é convidado para atuar na peça "Tribos", texto da inglesa Nina
Raine, com direção de Ulysses Cruz, contracenando com Antonio Fagundes.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A
qualidade do roteiro e dos profissionais. Depois procuro entender se a produção
é legal, independente do dinheiro envolvido.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Os
primeiros curtas que eu fiz foi com uma galera da minha geração, então todo
mundo estava aprendendo. Isso foi interessante porque a gente acaba aprendendo
um com o outro. Além de terem sido as minhas primeiras experiências com câmera.
Recentemente produzi e atuei num curta que será lançado ainda neste ano, dessa
vez, com mais experiência, pude explorar mais o lado experimental que os curtas
nos permitem.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Entre
muitos fatores, acho que falta incentivo de todos os lados. É preciso entender
que investir na produção de curtas é investir na oxigenação da produção artística
e dos novos talentos. Acho que se a qualidade e as novidades aumentarem, o
impacto no mercado será maior e chamaremos mais atenção.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que
o ideal é que os curtas cheguem de fato no publico, não só na elite cultural. E
acho que não é só a grana e as salas de cinema que faltam. Tem que arriscar em
novas formas de divulgação off e online.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem
dúvida é um dos grandes campos de experimentação audiovisual.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Nem
sempre, isso é muito relativo. Sorte também é um dos fatores, a gente não pode
negar.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se alguém
tiver uma prontinha me passe!! (risos) Preciso ganhar mais experiência pra
responder isso.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim, me
imagino envolvido na direção de atuação primeiro, como um coach. Mas quero
partir pra direção logo depois.
Cristina Amadeo
Atriz e bailarina. Atuou em ‘A
Falta que nos Move’, peça e filme e ‘Corte Seco’, entre tantas outras. Na TV
Globo atuou em ‘A Teia’ e ‘Morde e Assopra’.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A
personagem, o roteiro e a equipe. Na verdade em qualquer trabalho é isso que
conta pra mim em primeiro lugar.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Eu não
tenho muitas experiências em curtas-metragens, mas eu sempre tive sorte de
trabalhar em projetos interessantes.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Na minha
opinião, o problema não é do cinema mas da mídia. É inadmissível, por exemplo,
só termos um grande jornal no Rio de Janeiro.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Me lembro
quando existia aquela lei que antes da exibição dos filmes no cinema, tinha que
passar um curta-metragem.....com o tempo acho até que ajudaria a se ter mais
espaço na mídia e forçaria maior produção de curtas. Aliás, quando e por que
essa lei parou de vigorar?
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Pra mim qualquer
manifestação artística tem que ser guiada pela liberdade de experimentação.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Pode ser,
sim.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Não
existe receita. Acho que acreditar e insistir nas suas ideias.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Nunca
pensei nisso, mas.... quem sabe!
Ninho Moraes
Professor de cinematografia e cineasta. ‘Futuro do Pretérito:
Tropicalismo Now!' é um filme dirigido por ele.
O que te faz aceitar
participar de produções em curta-metragem?
Comecei minha carreira em
cinema, nos anos 80, realizando dois curtas em 35 mm, com financiamento da
extinta Embrafilme. Sempre foi um desafio da busca por novas linguagens, o que
acredito ter conseguido em ‘Branco & Preto’, com Bete Coelho, e produção da
Superfilmes. Hoje em dia, o desafio é igual. Recentemente, fiz um documentário
(pouco mais do que) curta chamado ‘100% Jardim Ângela’, junto com Lili
Bandeira. E foi interessante usar um tema social com linguagem experimental.
Conte sobre a sua
experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Na verdade, há uma enorme
diferença dos anos 80, quando realizei ‘Ondas’ e ‘B&P’, no quesito técnica
e tecnologia. Mas o espírito é o mesmo. Sensação de frio na barriga, de
descoberta na hora do set e, especialmente, no exercício da montagem.
Por que os curtas não têm
espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Apesar do belíssimo trabalho
realizado pela Kinoforum e pelo Festival Internacional de SP, a mídia como um
todo encara como subproduto ou algo para iniciante. O que definitivamente não
é. As TVs a cabo, com a nova Lei do Audiovisual, tem apelado para exibição de
curtas como forma de cumprir as cotas e as regras... Quem sabe....
Na sua opinião, como deveria
ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Um
acordo com os Mercados Distribuidor e Exibidor para as grandes salas – uma
negociação sempre mal feita. Um acordo com as emissoras abertas também. E uma
política de educação, com um olhar mais para BBC do que para a política...
O curta-metragem para um
profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de
liberdade para experimentação?
Sim, sim e sim. Abertura de
olhos e ouvidos em todas as áreas... inclusive figurino, maquiagem, técnica
etc....
O curta-metragem é um trampolim
para fazer um longa?
Pode
ser, mas não é o canal necessário. Isso passou. Dá para ser curta metragista a
vida inteira, sem medo de ser feliz.
Qual é a receita para vencer no
audiovisual brasileiro?
Estudo e pesquisa, pesquisa e
estudo. Hoje em dia, as pessoas tem se perdido em cópias fáceis, em efeitos da
moda e em novidades tecnológicas. Tem de ir além. Tem de ouvir a equipe e saber
conduzi-la...
Pensa em dirigir um curta
futuramente?
Sempre,
embora ele esteja mais para o formato televisivo e menos para a grande tela.
Talvez por oportunidade, talvez por necessidade. Se pintar convite, melhor
ainda...
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