sábado, 13 de julho de 2013

Aviso

Uma pausa por duas semanas.
Na volta, em agosto, o blog Os Curtos Filmes voltará a ser atualizado.
E no mesmo mês teremos:
- Estreia do programa Zootropo na TV Cronópios (http://www.cronopios.com.br/site/artigos.asp?id=5680).
- Lançamento, pela Editora Verve, do livro ‘Curtametragem – Compilação de Ideias e Entrevistas do Blog Os Curtos Filmes’.
- Homenagem no FIIK (Festival Internacional de Cinema Independente Kino-olho), em Rio Claro.
Conto com vocês. Até breve.
Rafael Spaca.

Carla Gallo

Cineasta. Seu mais recente trabalho é ‘Assim é, Se lhe Parece’, onde faz um retrato de Nelson Leirner. Carla também assina entre seus trabalhos mais importantes os documentários ‘Tom Zé ou Quem Irá Colocar uma Dinamite na Cabeça do Século?’ e ‘O Aborto dos Outros’.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Faz tempo que eu não participo da realização de curta metragem... O último foi o do meu marido, Cesar Cabral, o "Dossiê Rê Bordosa". Fizemos o argumento e ajudei nas entrevistas iniciais. Mas fiz muito curta. Na ECA, fiz vários e de tudo um pouco: produção, continuidade, assistente de direção, elétrica. E foi muito bom, aprendi bastante na época.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
É, eles tem menos espaço. É uma pena. Tem muito curta bem melhor que longa. Mas é uma questão cultural, acredito. Pra muitas pessoas cinema é longa-metragem de ficção. Numa ocasião de entrevista, na estreia de "O Aborto dos Outros", uma jornalista me perguntou se ele era um "filme" ou um "documentário"...
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
É difícil pra mim, dizer. O Canal Brasil exibe curta em sua grade, mas é um canal que não atinge o grande público, infelizmente. Antes dos longas quando exibidos em cinema? Em sessões especiais como o "Curta Petrobrás às seis"? Em festivais? Na internet? O fato é que, pra quem gosta e quer, os curtas estão bastante disponíveis.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Eu não acho que o curta seja um trampolim para o longa... Acho que é um formato de manifestação de curta duração, com autonomia própria. O que acontece é que, pela natureza da produção em cinema, que é cara, as pessoas geralmente começam pelo curta, mais fácil de se realizar como primeiro filme.
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Eu nunca ouvi falar de cineasta que desprezasse curta metragem...
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim. Tenho um projeto, inscrevi em um edital. Tomara dê sorte e consiga aprovação. Eu nunca tive a oportunidade de dirigir um curta. Pra mim será uma experiência muito importante.

Regina Reis

Atriz.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Primeiramente o texto, a linguagem. Depois o diretor, elenco e equipe técnica. E finalmente, a autonomia que eu teria dentro dessa produção.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que infelizmente, na sua grande maioria, os curtas não têm espaço nem entre aqueles que o fazem. Não estou generalizando nem acho que esse seja o único problema, mas vejo muitos diretores dirigindo curtas por "falta de opção" no mercado dos longas e fazendo dos curtas uma "vitrine" do seu trabalho visando os longas... Também já vi muitos curtas com produções precárias, pobres em recursos e criatividade. Enquanto a própria classe não valorizar, respeitar e investir nos curtas, a repercussão continuará sendo mínima.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Agora você me pegou... rs... Sinceramente não acho que exista uma fórmula. Talvez a internet e a televisão fechada possam contribuir com os curtas. Mas precisaria pensar mais sobre o assunto uma vez que essa não é a minha área de atuação.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Acabei de dizer isso lá em cima e nem tinha lido essa pergunta ainda... rs... Por enquanto, no Brasil, não vejo como alguém pode sobreviver apenas dirigindo curtas. Economicamente é totalmente inviável e artisticamente o cineasta fica extremamente limitado. Não existem grandes patrocínios para curtas, o que gera uma dificuldade grande para rodá-los, muitas vezes a falta de recursos financeiros gera a escassez de "material humano" (bons atores, técnicos, etc.) e isso se transforma numa "bola de neve"... É triste, mas real. Precisaria haver entre a própria classe um empenho maior em relação aos curtas. 
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Acho que marginalizado é um termo muito forte... rs, Prefiro acreditar que os diretores ainda não descobriram o poder dos curtas. Uma história bem contada, bem dirigida, com uma produção bem cuidada, bons atores e técnicos competentes teria um alcance imediato no público. Um argumento bem escrito, que trouxesse ideias claras, atingiria seus objetivos rapidamente se levarmos em conta que vivemos num mundo onde as pessoas as vezes não têm tempo nem para ir ao cinema assistir a um longa. 
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Como falei anteriormente, essa não é a minha área de atuação, mas não descartaria a possibilidade. Precisaria ser algo que pudesse expressar meu momento, aquilo que tenho vontade de dizer... Eu teria que ter autonomia e poder participar de todas as fases da produção, escalação de elenco, enfim, se fosse um projeto pelo qual me apaixonasse, aí sim, mergulharia de cabeça...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

R.F.Lucchetti: Memória Cinematográfica

BIBLIOGRAFIA DE R.F.LUCCHETTI
MÚSICA SECRETA (Poemas em Prosa) – Edição do autor, Ribeirão Preto, 1952.
NOITE DIABÓLICA (Contos Macabros) – Editora Outubro, São Paulo, 1963.
OURO DOS MORTOS – Editora Outubro, São Paulo, 1963.
O DOBRE SINISTRO - Editora Outubro, São Paulo, 1963.
CERIMÔNIA MACABRA – Editorial Bruguera, Rio de Janeiro, 1972.
FIM DE SEMANA COM A MORTE - Editorial Bruguera, Rio de Janeiro, 1972
CONFISSÕES DE UMA MORTA - Editorial Bruguera, Rio de Janeiro, 1972.
LEGIÃO DE VAMPIROS (antologia) – Editora Edrel, São Paulo, 1972.
OS AMANTES DA SRA. POWERS – Cedibra, Rio de Janeiro, 1973.
*Á MEIA-NOITE LEVAREI SUA ALMA – Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
*ESTA NOITE ENCARNAREI NO SEU CADÁVER – Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
*O VALE DOS MORTOS - Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
SETE VENTRES PARA O DEMÔNIO - Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
A ESCRAVA DE SATANÁS - Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
A MALDIÇÃO DO SANGUE DE LOBO - Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
O FANTASMA DO TIO WILLIAM - Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
A HERDEIRA REBELDE - Cedibra, Rio de Janeiro, 1974.
O EMISSÁRIO DE SATÃ - Cedibra, Rio de Janeiro, 1975.
OS VAMPIROS ATACAM (antologia) – Editora Saber, São Paulo, 1975.
NOS DOMÍNIOS DE DRÁCULA - Cedibra, Rio de Janeiro, 1975.
SEXO DE ENCOMENDA - Cedibra, Rio de Janeiro, 1975.
O CRIME DA GAIOLA DOURADA – DIFEL Difusão Editorial, São Paulo, 1979.
O FANTASMA DO TIO WILLIAM (2º Edição) – Cia. Melhoramentos, São Paulo, 1983.
O CRIME DA GAIOLA DOURADA – Círculo do Livro, São Paulo, 1983.
CARLITOS, O MITO ATRAVÉS DA IMAGEM – Editora Colégio, Ribeirão Preto, 1987.
DRÁCULA (Recontado a partir de uma tradução de Marco Aurélio Lucchetti) – Edditorial Cunha, São Paulo, 1987.
O CRIME DA GAIOLA DOURADA (Relançamento) – Círculo do Livro, São Paulo, 1983.
IVAMPIRISMO, O CINEMA EM PÂNICO (de parceria com Ivan Cardoso) – Editora Brasil-América/Fundação do Cinema Brasileiro, Rio de Janeiro, 1990.
O FANTASMA DO TIO WILLIAM (3º Edição) – Editora Ática, São Paulo, 1992.
A TEIA NAS SOMBRAS – Editora Fittipaldi, São Paulo, 1993.
UMA SOMBRA DO PASSADO - Editora Fittipaldi, São Paulo, 1995.
O LOBISOMEM - - Editora Fittipaldi, São Paulo, 1995.
OS EXTRAORDINÁRIOS – Ópera Graphica, São Paulo, 2003.
ARTHUR, O FILHO DA MAGIA – Editora Escala, São Paulo, 2004.
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*Adaptados dos filmes de José Mojica Marins
NOTA – sob os mais variados pseudônimos, heterônimos e como ghost-witer escreveu entre 1967 e dezembro de 2004 1.547 livros. 30 livros com o seu próprio nome.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Di Moretti

Roteirista. Fez sua estreia em roteiros de longa-metragem no documentário ‘O velho, a história de Luiz Carlos Prestes’ (1997), dirigido por Toni Venturi, cineasta com quem voltaria a trabalhar em diversos filmes, como ‘Latitude zero’ e ‘Cabra cega – ambos vencedores da categoria melhor roteiro do Festival de Brasília.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Independente do formato, da bitola ou do tamanho, meu primeiro critério é sempre que o filme carregue uma boa história, até por isso mesmo me tornei roteirista. A história é mãe de tudo e de todos no cinema e por ela fazemos qualquer tipo de sacrifício... Tenho alguns roteiros escritos para curta-metragem, alguns inclusive filmados, todos de ideias originais, diferente de meus projetos de longa onde na maioria das vezes trabalho por encomenda.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Além de injusta esta segregação, acho tremendamente contraproducente para o cinema brasileiro. O  curta é o território da experimentação e, no Brasil, é também o da formação profissional, já que temos deficiência na área acadêmica e nas ofertas do mercado de trabalho. Este tipo de preconceito só prejudica a indústria no seu todo. A meu ver, isso acontece, dentre outras tantas coisas, por falta de uma grade especifica de exibição.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Um dos únicos exemplos que me vem à cabeça, de sucesso como modelo funcional e de aproximação do público, é o do “Curta Petrobras às Seis”. Experiência que juntava alguns curtas, em sessões de uma hora, exibidos em alguns circuitos comerciais de cinema. Acho que precisamos sempre tentar familiarizar, aproximar plateia & filmes, isso aumentaria naturalmente a popularidade, o conhecimento e o interesse pelo cinema nacional.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Conheço alguns exemplos de cineastas que construíram suas carreiras quase que exclusivamente com curtas-metragens. Só que eles não fizeram isso por simples opção, mas sim levados pelas dificuldades práticas de produzir longas-metragens. É um sistema impiedoso, porque sacrifica grandes talentos, nascidos no curta, que ficam colocados à margem da produção cinematográfica brasileira por pura falta de oportunidade.
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Acho que sim, tenho a impressão de que muitos acham uma subcategoria, um trabalho escolar, experimental... Isso é um erro grave, porque mesmo diretores renomados, como Antonioni, Bertolucci, Kurosawa, Lelouch... mesmo depois de estabelecerem carreiras consagradas foram produzir curtas. O curta não deve ser encarado como ensaio ou rascunho de longa-metragem, mas sim como uma obra cinematográfica independente, especifica em sua dramaturgia.
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Apesar de ter dedicado minha vida profissional ao roteiro, tenho algumas experiências de direção de documentários e vejo como grande possibilidade dirigir curtas no futuro. Estes desejos, no entanto, sempre estarão condicionados a falta de tempo, oportunidade e infraestrutura, mas seriam absolutamente interessantes como exercício de linguagem, da procura de uma narrativa própria, do discurso sintético e principalmente do desafio de contar uma boa história, independente de seu tamanho.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pietro Mario Bogianchini

Crédito: Ronaldo Júlio.
 
Você começou a trabalhar como ator na TV Continental. Como era o seu dia a dia lá e o que fazia naquela época? Quais os trabalhos que realizou?
Em 1961 assinei meu primeiro contrato de carteira assinada como ator. Fazia os teleteatros às sextas feiras além das novelas bíblicas, aos domingos, o “Teatro de câmera”, dirigido por Gilberto Brea. Tudo era ao vivo.
 
Depois foi para a Tupi e atuou no “Grande Teatro Tupi”. Como foi isso?
Isso foi em 1963/64, nessa ocasião o “Grande Teatro Tupi” dirigido por Carlos Lage. Nessa época já existia o vídeo tape. Era gravado como se fosse ao vivo, quando errávamos, tínhamos que começar tudo de novo desde o começo.
 
Anos depois, foi convidado pela TV Globo para integrar o elenco de teledramaturgia. Como e em que circunstância recebeu esse convite?
O convite partiu de Paulo Graça, filho de Graça Mello, então diretor artístico da TV Globo, para fazer um teste. Estavam dando oportunidade aos novos de então.
 
Você inaugurou a TV Globo. Hoje, depois desse hiato, acreditava que a emissora se tornaria uma das maiores do mundo?
Eu acreditava já naquela época que a TV Globo seria a nossa emissora de televisão com caráter industrial. Viria para ficar.
 
Acervo pessoal. Capitão Furacão.
 
A personagem ‘Capitão Furacão’ você interpretava, então um jovem de 26 anos. Quais as suas principais recordações desse trabalho?
As minhas criações artísticas sempre foram de personagens mais idosos do que eu. Nunca me achei um galã romântico. Quando surgiu o Furacão, eu imaginei como um velho lobo do mar e, sua credibilidade para o público infanto-juvenil foi a coisa mais gratificante, manifestadas até hoje pelas crianças.
 
Ainda há imagens desse trabalho ou tudo se perdeu?
Infelizmente não. Existem fotos do meu arquivo. Naquela época não quiseram fazer o programa gravado, nem gravavam par arquivo como se faz atualmente. O programa era diário voltado para apresentar desenhos animados e séries para TV. Eu o produtor e diretor Helio Tys criamos atrações e atividades entre um filme e outro a cada dia.
 
‘Capitão Furacão’ é considerado o "avô" de programas infantis como o Xou da Xuxa, Angel Mix e Gente Inocente. Quais as diferenças das crianças da época do Capitão para as crianças dos programas citados?
Os programas infantis da atualidade são apresentados por jovens e cativam muito mais as crianças pequenas. Naquela época as crianças e pré-adolescentes se sentiam motivadas a vocações através do que apresentávamos nos intervalos dos filmes. Tanto que hoje, há oficiais de alta graduação da Marinha brasileira que seguiram a carreira, motivados em terem visto o Capitão Furacão.
 
Quais eram as principais características que o programa tinha e que o tornou um sucesso?
Entre tantas coisas apresentadas, os passeios marítimos que organizávamos em parceria com a Marinha, visitas guiadas e exposições de modelismo naval. Estórias de piratas que lançavam garrafas ao mar com mensagens, sempre divertidas. Concursos e homenagens a todos os países em datas históricas, sem qualquer barreira política.
 
Acervo pessoal. Capitão Furacão nos estúdios da TV Globo.
 
Quando o Capitão saiu do ar a TV Globo lançou o seriado “Vila Sésamo”, que entrou em seu lugar. Nessa época, você levou o seu Capitão para a TV Rio, onde passou a se chamar “Clube dos Grumetes”, ficando no ar por mais seis meses. Por que durou pouco tempo?
Estreamos com um patrocinador, porém lamentavelmente a TV Rio estava com seus dias contados. Durou seis meses e acabou.
 
Sua saída da Rede Globo foi tranquila?
Eu estava cansado e um tanto frustrado pela emissora não realizar “As Aventuras do Capitão Furacão” como sempre foi meu desejo. Eu sempre fui ator e queria atuar naquilo que gostava e sabia. Então, pedi para sair.
 
Muitas séries de sucesso no Brasil e no mundo exibidas pelo programa ‘Capitão Furacão’ entre elas: Superman, Os Três Patetas e a mais famosa foi a série Zorro, protagonizada por Guy Williams, Henry Calvin, Don Diamond, George Lewis, Gene Sheldon e muitos outros atores dos anos 1950. Você fazia a seleção desses programas?
Não, quem cuidava disso era o departamento de telecine e logicamente a direção da emissora pela parte artística.
 
Há uma grande quantidade de produtos vendidos que aludem aos programas infantis. Acredita que se o seu programa fosse veiculado hoje, ganharia muito mais dinheiro?
Sem dúvida, mas eu não iria com muita sede ao pode. Haveria uma seleção. Atualmente estou voltado para algo que as crianças sabem dominar. A Internet, por isso estou com o Capitão Furacão na TV Atlântica, uma emissora de televisão somente transmitida pela Internet.
 
Considera a programação dedicada ás crianças, muito fraca atualmente?
Que programação? Há até na TV fechada alguns canais voltados para esse público, mas não algo que gere fatores motivadores sejam vocacionais ou de cultura.
 
Acervo pessoal. Durante o programa.
 
Após o programa é que você passou a ser dublador?
Não, após o programa voltei a dublar e atuar em teatro. Também fiz filmes, no meu histórico posso citar Meteoro de Diego De La Texera, Copacabana da Carla Camurati, mais recentemente Red Brazil e As fantásticas Aventuras do Capitão, esse baseado no livro de Jorge Amado. Além de vários curtas metragens e atuação em novelas e programas de TV.
 
Você fez a voz de inúmeros personagens de desenhos animados e filmes famosos, como "Harry Potter e a Pedra Filosofal", "Harry Potter e o Cálice de Fogo" e em outros grandes filmes. Qual o trabalho que mais te deu orgulho?
Dentre os filmes dublados, sem dúvida foi “A Família soprano” foi muito marcante onde dublei James Gandolfini.
 
Como foi essa transição, sair da frente das câmeras e fazer dublagem?
Eu gosto de toda atividade artística, por isso não fico muito tempo longe das câmeras. O ator deve ocupar todo o espaço e atividade onde se apresentar.
 
O que é necessário para ser um grande dublador?
Precisa ser ator. Interpretar esquecendo que é você e sim o ator que vai dublar dando-lhe suas características na interpretação, principalmente o sentimento e ritmo dele, não o seu.
 
Quais eram as suas referências?
Meus gurus são Magalhães Graça, Orlando Drumond, Ênio Santos, Joaquim Motta, Milton Rangel e tantos outros mestres com os quais eu aprendi a bela arte de dublar.
 
As pessoas te reconhecem nas ruas?
Muitos me reconhecem, às vezes só pela voz. Perguntam logo: O senhor é dublador, não é?
 
Para finalizar, gostaria de saber se a falta de informação e cultura televisiva são os grandes responsáveis pelo pouco conhecimento que as pessoas possuem da sua trajetória.
Não, tudo é questão de época. Tudo muda, porém eu na televisão sempre fui o Capitão Furacão, tanto que nunca quis colocar meu nome no crédito do programa. Em novelas não interpretei papéis de personagens que marcasse. Também o teatro onde atuo muito, o grande público não tem tanto acesso, gostaria que pudessem ir mais. No mais, hoje uso a mensagem para meus grumetes, “No coração e na mente, sempre com vocês”.
 
Capitão Furacão em visita a uma escola.

 
 
 

domingo, 7 de julho de 2013

Revista Cinema Caipira de Julho

 
A revista Cinema Caipira ISSN 1984-896x, número 53, já está disponível para encomenda e download gratuito em diversos formatos. Neste mês contamos com o seguinte artigo;
 
Homenagem a Rubens Francisco Lucchetti, que escreveu e publicou ao todo 1.573 livros, 300 histórias em quadrinhos, 25 roteiros de filmes e centenas de programas de rádio e televisão e uma peça de teatro.
 
 
 
 
“Cartas para Rubens Francisco Lucchetti”
de Rafael Spaca
 
OBS: Os participantes desta edição tem direito a uma revista, bastando enviar por e-mail seus endereços.

revista folheável para leitura online
(em breve)

arquivo PDF para impressão em casa

arquivo ePub para leitura em celulares e tablets

arquivo PDF para leitura em computador e dispositivos móveis
(em breve)

Participe da revista enviando seus artigos. As informações estão em chamada de artigos.

Para encomendar a revista no valor de R$7,00 cada ou assinar a anuidade por R$70,00, envie e-mail para jpmiranda82@yahoo.com

 

sábado, 6 de julho de 2013

Eduardo Martini

Ator, cantor e dramaturgo. Participou da ‘Escolinha do Professor Raimundo’, ‘O Clone’, ‘Casos e Acasos’, entre outros.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Um curta acima de tudo tem que ter um excelente roteiro. Contar uma historia em pouco tempo é arte pra poucos. Portanto o roteiro e’ o ponto decisivo.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Não são só os curtas! O teatro também não tem. Temos poucos críticos. Os espaços que tínhamos para estreias eram de quase uma pagina. Hoje não passam de notinhas. O curta metragem é de suma importância para a formação de atores, diretores e roteiristas que querem seguir como carreira o cinema. Deveriam dar bem mais atenção.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Havendo divulgação na mídia, espaço em jornais e revistas, críticos especializados e principalmente respeito dos que fazem cinema em geral.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Sim. É possível. Em arte tudo é possível. Eu acho que mais vale um lindo curta do que um longa chato!!!
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Não sei. Mas acho que um curta é igual a ator de comedia. Parece que não tem prestigio...rsrsrsrs
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Acho cinema uma arte muito peculiar. Fiz três curtas, já ganhei prêmio mas tenho receio. Dirigir cinema é especial, mas como eu acredito em tudo na vida....logo logo quem sabe!