A revista Cinema Caipira ISSN 1984-896x, número 34, já está disponível para encomenda e download gratuito em diversos formatos. Neste mês contamos com os seguintes artigos;
“O documentário como construção narrativa de “si” e dos “outros”; é isso Senhor Cientista?” de Daniel Mittmann
“Os Mestres Russos e suas Experimentações Estéticas” de Marlise Borges
“Zé Pintor e Delírios de um Cinemaníaco” de Felipe Carrelli
“Um enigma chamado Mauricio do Valle” de Rafael Spaca
“LUCCHETTI: o iniciador da cultura cinematográfica em Ribeirão Preto” de Rafael Spaca
“FIIK ganha destaque internacional” de Fernanda Tosini
OBS: Os participantes desta edição tem direito a uma revista, bastando enviar por e-mail seus endereços.
revista folheável para leitura online
http://www.readoz.com/publication?i=1044741
obs: devido a problemas técnicos o formato da revista está um pouco diferente (fora do formato padrão) tentaremos resolver o problema nas próximas edições.
revista para impressão em arquivo pdf
http://www.4shared.com/document/JsQLfqMY/34_imp_.html
clique aqui para saber como montar a sua com o arquivo pdf
arquivo ePub para leitura em celulares e tablets
http://www.4shared.com/file/g25qs9Wf/Revista34_-_Grupo_Kino-Olho.html
para encomendar a revista no valor de R$7,00 cada ou assinar a anuidade por R$70,00, envie e-mail para jpmiranda82@yahoo.com
Para quem quiser ler somente o meu artigo, segue o texto:
Um enigma chamado Mauricio do Valle
O cinema brasileiro possui um vasto histórico de injustiças com nomes que o representaram – e isso eu digo em todas as equivalências que essa palavra pode ter - tão bem.
Há um movimento recente para reparar tais injustiças. Muitos espaços culturais como teatros, salas de cinema, etc. vêm recebendo nomes de artistas nacionais. Algumas pequenas cidades pelo interior do país estão encontrando uma maneira criativa de atrair turistas associando seu nome a de filhos ilustres, nascidos ali.
O Museu Dercy Gonçalves é um exemplo do orgulho e da admiração que a cidade de Santa Maria Madalena (pequeno município do Rio de Janeiro) tem pela sua cidadã mais conhecida. O local abriga o acervo da atriz, incluindo trajes de cena e noite, chapéus, bolsas, perucas, sapatilhas, sombrinhas, bijuterias, troféus e placas, quadros, diplomas e certificados, cartazes, programas, entrevistas, fitas de vídeo, textos, jornais, revistas, fotos e correspondências pessoais.
Não tenho acesso aos números da Prefeitura de Santa Maria depois desta iniciativa, mas acredito que o número de visitas, mídia e curiosidade pela cidade tenha aumentado muito. O que fez essa homenagem ter sido válida para todo mundo.
Essa introdução é para chegar a um pensamento que vive me incomodando há tempos: será que reconhecemos no saudoso Mauricio do Valle o valor que ele merece?
Minha resposta é não!
Trabalhando no cinema desde a década de 50, Mauricio do Valle ganhou projeção internacional atuando em filmes do Glauber Rocha. Imprimiu magnificamente seu talento e sensibilidade em papéis densos como o Antônio das Mortes, o caçador de cangaceiros, em ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’. Com Glauber, que o considerava o seu ator predileto, fez também ‘O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro’, entre outros.
Muitos associam o simbolismo do cinema novo aos diretores, mas era ele a grande referência do movimento como ator.
Mauricio era um tipo rústico, grandalhão, meio desajeitado, com um timbre de voz grave e com cara de poucos amigos, apesar de ser, pessoalmente, completamente diferente da imagem que passava. Para produtores e diretores, seu perfil era ideal para interpretar vilões, delegados e todos os outros papéis que exigiam uma atuação mais aguda.
Entre os anos 60 e 70 participou de inúmeras produções cinematográficas, obtendo reconhecimento da crítica especializada. Conquistou prêmios e respeito.
A conta não é precisa, mas há uma estimativa de mais de oitenta produções cinematográficas em seu currículo, sem contar novelas, seriados, minisséries, etc.
Com o passar do tempo perdeu o protagonismo, principalmente na televisão que esteve e está sempre ávida por rostos novos, mas mesmo em pequenos papéis, com pequenos diálogos, atuou com dignidade e reverência a profissão. Cada cena é era uma aula.
Temos uma extensa lista de profissionais ligados ao cinema que merecem um reconhecimento maior, Mauricio do Valle é um deles.
Termino o texto com a seguinte indagação: qual é a lógica de alguns nomes virem primeiro que outros... será que a vez do Mauricio chegará?
Rafael Spaca, radialista, autor do blog Os Curtos Filmes (http://oscurtosfilmes.blogspot.com/).
“O documentário como construção narrativa de “si” e dos “outros”; é isso Senhor Cientista?” de Daniel Mittmann
“Os Mestres Russos e suas Experimentações Estéticas” de Marlise Borges
“Zé Pintor e Delírios de um Cinemaníaco” de Felipe Carrelli
“Um enigma chamado Mauricio do Valle” de Rafael Spaca
“LUCCHETTI: o iniciador da cultura cinematográfica em Ribeirão Preto” de Rafael Spaca
“FIIK ganha destaque internacional” de Fernanda Tosini
OBS: Os participantes desta edição tem direito a uma revista, bastando enviar por e-mail seus endereços.
revista folheável para leitura online
http://www.readoz.com/publication?i=1044741
obs: devido a problemas técnicos o formato da revista está um pouco diferente (fora do formato padrão) tentaremos resolver o problema nas próximas edições.
revista para impressão em arquivo pdf
http://www.4shared.com/document/JsQLfqMY/34_imp_.html
clique aqui para saber como montar a sua com o arquivo pdf
arquivo ePub para leitura em celulares e tablets
http://www.4shared.com/file/g25qs9Wf/Revista34_-_Grupo_Kino-Olho.html
para encomendar a revista no valor de R$7,00 cada ou assinar a anuidade por R$70,00, envie e-mail para jpmiranda82@yahoo.com
Para quem quiser ler somente o meu artigo, segue o texto:
Um enigma chamado Mauricio do Valle
O cinema brasileiro possui um vasto histórico de injustiças com nomes que o representaram – e isso eu digo em todas as equivalências que essa palavra pode ter - tão bem.
Há um movimento recente para reparar tais injustiças. Muitos espaços culturais como teatros, salas de cinema, etc. vêm recebendo nomes de artistas nacionais. Algumas pequenas cidades pelo interior do país estão encontrando uma maneira criativa de atrair turistas associando seu nome a de filhos ilustres, nascidos ali.
O Museu Dercy Gonçalves é um exemplo do orgulho e da admiração que a cidade de Santa Maria Madalena (pequeno município do Rio de Janeiro) tem pela sua cidadã mais conhecida. O local abriga o acervo da atriz, incluindo trajes de cena e noite, chapéus, bolsas, perucas, sapatilhas, sombrinhas, bijuterias, troféus e placas, quadros, diplomas e certificados, cartazes, programas, entrevistas, fitas de vídeo, textos, jornais, revistas, fotos e correspondências pessoais.
Não tenho acesso aos números da Prefeitura de Santa Maria depois desta iniciativa, mas acredito que o número de visitas, mídia e curiosidade pela cidade tenha aumentado muito. O que fez essa homenagem ter sido válida para todo mundo.
Essa introdução é para chegar a um pensamento que vive me incomodando há tempos: será que reconhecemos no saudoso Mauricio do Valle o valor que ele merece?
Minha resposta é não!
Trabalhando no cinema desde a década de 50, Mauricio do Valle ganhou projeção internacional atuando em filmes do Glauber Rocha. Imprimiu magnificamente seu talento e sensibilidade em papéis densos como o Antônio das Mortes, o caçador de cangaceiros, em ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’. Com Glauber, que o considerava o seu ator predileto, fez também ‘O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro’, entre outros.
Muitos associam o simbolismo do cinema novo aos diretores, mas era ele a grande referência do movimento como ator.
Mauricio era um tipo rústico, grandalhão, meio desajeitado, com um timbre de voz grave e com cara de poucos amigos, apesar de ser, pessoalmente, completamente diferente da imagem que passava. Para produtores e diretores, seu perfil era ideal para interpretar vilões, delegados e todos os outros papéis que exigiam uma atuação mais aguda.
Entre os anos 60 e 70 participou de inúmeras produções cinematográficas, obtendo reconhecimento da crítica especializada. Conquistou prêmios e respeito.
A conta não é precisa, mas há uma estimativa de mais de oitenta produções cinematográficas em seu currículo, sem contar novelas, seriados, minisséries, etc.
Com o passar do tempo perdeu o protagonismo, principalmente na televisão que esteve e está sempre ávida por rostos novos, mas mesmo em pequenos papéis, com pequenos diálogos, atuou com dignidade e reverência a profissão. Cada cena é era uma aula.
Temos uma extensa lista de profissionais ligados ao cinema que merecem um reconhecimento maior, Mauricio do Valle é um deles.
Termino o texto com a seguinte indagação: qual é a lógica de alguns nomes virem primeiro que outros... será que a vez do Mauricio chegará?
Rafael Spaca, radialista, autor do blog Os Curtos Filmes (http://oscurtosfilmes.blogspot.com/).