terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Gabriella Drummond

Atriz. Atuou nos curtas: Foi Mal; Lágrimas do silencio; Dilema; Cem chibatadas em meu pensamento; Figura; Ilusionismo; Não diga adeus; 2 caminhos x 1 acaso; O Plano; Transe; Ganosen e; Mnimosyne. Recentemente se formou em cinema.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem.
Seja na função de atriz ou qualquer outra o que me faz aceitar é roteiro e claro a confiança na equipe. Normalmente o convite vem de profissionais que já trabalhei e sei da competência. 
 
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Comecei como atriz em curtas metragens, depois entrei para o curso de cinema e passei a trabalhar em outras funções também, sem deixar de lado a atuação. Nesse processo fiz cerca de uns 15 curtas e conheci profissionais incríveis que acabaram se tornando amigos e parceiros de outros trabalhos como por exemplo no caso do curta metragem "O Plano" do Ricardo Bueno e o Igor Porta, atuei nesse curta que eles dirigiram, depois disso nos juntamos com mais amigos e produzimos o "Super", que foi feito em Super 8, depois entramos na produção do "Oniro" do Ariel Quintela e Mateus Mattara. De alguma forma todos também estavam ajudando no "Árvore" que eu roteirizei e dirigi ao lado de Fabiana Conway e essa mesma equipe ainda se juntou para produzir "Maria" da Caroline Fernandes e Roberta Lapetina. Ganhamos prêmios por conta de algumas produções e nos unimos para produzir mais curtas, aí que esta a parte boa, são as parcerias que dão certo e nos fazem sempre estarmos em atividade.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Curta metragem ainda não é um formato de grande conhecimento embora existam diversos festivais e mostras de curtas metragens. Acredito que a falta de espaço é por não ser tão conhecido, muitos amigos meus passaram a entender o que é após verem meus filmes e sinceramente não sei se o público está disposto a ir no cinema ver pequenos filmes.  É questão de costume.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que a questão é como deveria ser a divulgação. A exibição do cinema talvez com uma sequência de filmes do mesmo gênero ou diretor poderia atrair o público.
 
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza. Gostamos de contar histórias, sejam elas expressões do que sentimos ou simplesmente algo que gostaríamos de assistir. Sou da opinião que a gente faz cinema para mostrar, mas antes fazemos cinema para nós mesmo. É a vontade de se expressar, contar uma ideia para alguém, experimentar algo novo. O curta metragem tem isso, esse tipo de recorte nos permite experimentar sem medo.
 
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa? 
Espero que sim rs. Acho que é o início, onde você mostra o seu trabalho. Você pode ter um portfólio incrível de curtas, mas você pode também optar por só fazer curtas ao invés de migrar para longas metragens.
 
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Gostar muito. Acho que é a receita de tudo na vida. Fazer com paixão, ser insistente, conhecer e mostrar seu trabalho sempre. De alguma forma, mostrando seu trabalho pras pessoas você já está vencendo no audiovisual, filmes são feitos para serem mostrados.
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Recentemente dirigi e roteirizei o curta metragem Árvore ao lado da Fabiana Conway. Foi uma delícia faze-lo, pois foi uma junção de profissionais que eu confio, trabalhando juntos. Adorei poder ter Allan, Pietro, Daniel, Jairo, todos talentosíssimos integrando a equipe. Pretendo dirigir outros curtas inclusive estamos com um roteiro que antecede o Árvore e um que seria a sequencia dele, é uma trilogia com ordem diferente.