quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Joana Cytrynowicz


Joana é atriz.


O que te faz aceitar participar de uma produção em curta-metragem?
A história, o personagem, as pessoas envolvidas no projeto, o próprio projeto me fariam participar de uma produção em curta-metragem. Eu gosto muito de cinema. Poucas situações não me fariam participar de um curta-metragem.

Você sente alguma diferença de satisfação profissional entre fazer cinema, teatro e TV?
Sou atriz e amo o que faço. Não sei se o termo é satisfação profissional. Sou apaixonada por cinema, mas também por teatro. Nunca fiz TV. Cada um tem sua característica apaixonante: o cinema fica pra sempre, o teatro tem a magia do palco e a relação direta com a platéia e na TV o ator cria uma relação com o espectador em que este espera e exige bastante do personagem, isso é desafiador.

Por que os curtas não tem espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
O cinema nacional tem crescido bastante, mas é muito caro fazer cinema. Eu vejo o consumo de curtas por um público restrito, pessoas da arte. Quase como fazer arte para quem é da arte. Infelizmente há poucos projetos que englobam os curtas-metragem.

Como deveria ser a exibição de curtas para atrair mais público?
Acredito que tem pouco espaço para divulgação de curtas. Além do festival de curtas que já acontece em São Paulo, poderiam ter outras exibições gratuitas, levar o cinema para pessoas que nunca foram ao cinema. Uma outra possibilidade é a exibição de curtas antes dos longas em cinemas grandes.

Considera o curta-metragem um trampolim para fazer um longa?
Sim e não. Para um ator que está começando a fazer cinema é mais fácil participar de curtas porque a produção é mais barata. Nisso ele pode conhecer pessoas do meio que o levem a fazer um longa, mas isso não é regra.

Dá para o cinema nacional sobreviver sem subsídios?
Muito difícil. Existem produtores que conseguem fazer uma produção mais barata, apostando no sucesso do filme posteriormente, mas é um risco financeiro.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não. Por enquanto minha paixão é atuação. Tenho outras paixões como figurino, cenografia que faria com muito prazer.

O que é necessário para vencer no cinema?
Essa pergunta é bem difícil. Eu acredito muito na união das pessoas que estão na produção. No clima de trabalho que se instaura. Cinema, assim como o teatro e a TV também, dependem não só da dedicação dos atores, mas de toda uma produção que está por trás disso, que muitas vezes é desconhecida pelo público. Claro que muitas produções têm muitos conflitos e o filme é um sucesso. Depende do conceito que cada um tem a respeito do que é vencer no cinema.

Qual é o seu próximo projeto?
O meu próximo projeto é no teatro com a peça “Histórias que vem de lá”. São três pequenas histórias de cordel que se juntam formando uma história maior. É um espetáculo que une a literatura de cordel de uma forma musicada, privilegiando a cultura nordestina no teatro, na dança e na música. As histórias foram escritas pelo autor Janduhi Dantas. O espetáculo teve boa repercussão em pouco tempo em Minas Gerais, num projeto para adolescentes que nunca trabalharam com teatro e agora será encenado em São Paulo por atores profissionais.

Para saber mais um pouco entra no nosso blog: http://cordelambulante.blogspot.com/