Marco Ricca é ator e diretor de cinema. Atuou nos curtas ‘Batimam e Robim’, ‘Zuleika’, ‘Tango’, ‘Dia de Visita’, entre outros.
O que te faz aceitar participar de uma produção em curta-metragem?
Ha muito tempo não faço um curta metragem. Fiz mais de 20. O que me faz fazer é a mesma premissa de fazer um longa: bom projeto, bom personagem, história e equipe.
Por que os curtas não tem espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Antigamente havia uma lei que obrigava o exibidor a mostrar um curta antes do longa. Isso acabou, e desmantelou um pouco o espaço de exibição. Os curtas ficam restritos a festivais ou mostras e esses críticos já não tem boa vontade nem com os longas brasileiros, quiçá com os curtas. Eles acham um gênero menor. Pena!
Como deveria ser a exibição de curtas para atrair mais público?
Como disse antes, ser a prévia dos longas. Um espaço importante. Ou a estrutura de vários curtas , temáticos que dariam para ser exibidos como longa metragem.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Acho que sim. O curta assim como o conto na literatura é um gênero. Existem contistas que por vezes se tornam um romancista, ou não permanecem eternamente no conto. Por outro lado muitos cineastas preferem experimentar , praticar primeiro num curta para depois partirem para o longa com uma certa experiência. Eu acho que são duas coisas muito diferentes. Talvez se possa aprender a questão da produção, mas a estrutura do curta sempre terá sua particularidade.
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Não acredito nisso. Acho que muitas vezes servem com inspiração. Há cineastas que fazer primeiro um curta investigativo para o tema do seu próprio longa.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Se sentir que a história se presta mais a um curta do que a um longa, por que não.
Qual é o seu próximo projeto?
Não tenho ideia. Apenas alguns fantasma circundam a minha cabeça, mas nada concreto.