Ator, formado no curso técnico do Teatro Escola
Célia Helena. Atuou nos curtas "Desconhecido Íntimo" (de Alexandre
Ingrevalo, 2008) e "Perto de Qualquer Lugar" (de Mariana Bastos, 2006).
Está no “ar” em “Império”, na novela das nove da TV Globo
onde interpreta o personagem Elivaldo.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem.
O roteiro é sempre ponto fundamental da
escolha. Claro a equipe é muito importante, mas o roteiro é fundamental.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Logo que eu comecei a fazer curtas, não tinha ainda a noção da qualidade do
roteiro. Fazia muitos para que eles fossem uma escola pra mim. Se ver é um exercício
muito importante para o ator e foi isso que os curtas me deram. Uma grande experiência.
Trabalhar com pessoas diferentes, diretores com formas muito distintas de
trabalhar e o mais legal é que normalmente é uma galera mais jovem, que esta se
formando e muitos deles querem arriscar mais o que deixa o processo muito mais
instigante.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da
mídia em geral?
Não sei explicar porque os curtas-metragens não tem essa habilidade. Mas
talvez seja a falta de espaço. Temos muitas casas de cinemas, mas pouquíssimas
abrem espaços para curtas. Curtas vivem mais de festivais. Como o acesso é difícil,
a critica também não vai se disponibilizar a ajudar algo que ninguém vê.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
Quando eu era mais novo eu ia muito assistir
um projeto que chamava ‘Curtas Petrobras’, que exibiam uma media de três a
quatro curtas. Esses projetos acabaram. Não vejo mais incentivo.
Acho que isso já ajudaria, projetos ligados à exibição de curtas diariamente. Algum
horário que cada cinema pudesse disponibilizar pra exibição de curtas, isso já
faria uma bela diferença.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é
sempre um trampolim para fazer um longa...
Acho bem difícil ser um cineasta apenas de
curta-metragem, mas tudo é possível.
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Não sei responder com precisão.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim, desde
que o roteiro seja meu. rs.