Cineasta.
Dirigiu os filmes ‘Um Lugar ao Sol’; ‘Avenida Brasília Formosa’ e ‘Doméstica’.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Geralmente
é o inverso. São minhas ideias que vão surgindo, aí penso o tamanho da
história, e depois é que eu tento verba ou juntar amigos que acreditam no
projeto para realizar o filme. Não passa muito pela lógica aceitar ou não, porque
é um movimento de dentro para fora, e não o inverso.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia
em geral?
Tem
espaço em revistas muito legais que costumo ler como ‘Contracampo’, ‘Revista
Cinética’, ‘Filmes Polvo’. Eles não fazem distinção. Pensam audiovisual de
outra forma.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
Ocupar
outras janelas, como TVs, Internet, Ipod, Ipad, celular.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre
um trampolim para fazer um longa...
Fiz
três longas e agora resolvi fazer um curta. Para mim a trajetória foi inversa.
Para mim não funciona assim. A duração é apenas uma questão do tempo que a
ideia precisa para ser materializada.
O curta-metragem é marginalizado entre os
próprios cineastas?
É marginalizado para aqueles que pensam o
curta-metragem a partir da lógica que você menciona a cima, a do 'trampolim
para o longa'. Como procuro me afastar dessas pessoas que pensam nessa lógica,
meu grupo de amigos realizadores não pensam assim.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso
em continuar tendo inquietações, que rendam filmes ou não. Se render um filme,
que seja em qualquer duração.