Lena fez licenciatura em artes cênicas na ECA, USP (1990-1995). Escreveu texto para teatro e dois roteiros para curta-metragem. Trabalhou em “Domésticas – o filme” (antes atuou na peça de mesmo nome) e “Quanto Vale ou é Por Quilo”. Na televisão fez novelas, a última foi “Essas Mulheres”, da Rede Record.
O que te faz aceitar participar de uma produção em curta-metragem?
Principalmente o roteiro e o personagem que me é oferecido, além dos profissionais envolvidos no trabalho.
Por que os curtas não tem espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
A resposta exata eu não sei. O que percebo é que não há a devida valorização destes filmes, como se fossem um trabalho menor subordinado aos longas, e por isso não conseguem a justa visibilidade. Penso que isso se dá pelo poder que a indústria internacional tem em nosso país em relação ao cinema como um todo. E a mentalidade restritiva que algumas pessoas tem e assim não divulgam.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Talvez pudesse ser exibidos nas escolas públicas e privadas, em clubes e associações de bairros, nos teatros antes dos espetáculos e também começar uma campanha nacional onde as pessoas pudessem entender o valor do curta metragem.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Eu acredito que é muito possível. Assim como podemos ser só documentarista. Questiono o SÓ. Não é só, o profissional É diretor de curta ou É documentarista, o SÓ diminui o valor do trabalho.
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Espero que não. Ou será que ainda convivemos com pessoas que depreciam as outras, outros conteúdos, outros formatos, outras realizações que não as suas. (!!???!!)
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim. Já tenho dois roteiros escritos. Em um futuro breve lá estarei.