Roberto dirigiu muitos videoclipes premiados, de artistas como Paralamas do Sucesso, Skank, Lenine, Lobão e Ney Matogrosso. Em 1992, assumiu a direção da TVZero, produtora de longas, curtas, videoclipes e filmes publicitários, onde está até hoje.
Qual é a importância histórica que o curta-metragem tem no cinema brasileiro?
O curta, por ser menos exibido, não tem comprometimento com crítica, público e bilheteria.
Com isso ganha liberdade. Ao longo dos anos muita gente aproveitou essa condição e ousou em forma e conteúdo.
O que te faz aceitar participar de uma produção em curta-metragem?
Me interesso em participar de bons projetos, em todas as áreas do audiovisual.
Você sente alguma diferença de satisfação profissional entre fazer cinema, teatro e TV?
Não dirijo teatro, quem sabe um dia. Me interesso igualmente por cinema e TV.
Por que os curtas não tem espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
O formato do curta não é comercial na tela grande. O curta deveria voltar a ser exibido junto com longas, programado de forma inteligente seria espetacular. Quanto a crítica, ela mal discute o longa...
Como deveria ser a exibição de curtas para atrair mais público?
Colado com o longa, na TV, internet.
Considera o curta-metragem um trampolim para fazer um longa?
É um deles, talvez o último degrau.
Dá para o cinema nacional sobreviver sem subsídios?
Ainda não.
O que é necessário para vencer no cinema?
Não sei, tô batalhando pra empatar.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim.
Qual é o seu próximo projeto?
Estou editando "Engenho de Dentro", meu primeiro filme de ficção. O próximo é o "Júlio Sumiu", uma comédia de erros, adaptação do livro do Beto Silva.