Joachim Trier é um jovem diretor norueguês, nascido em 1974 em Copenhagen, Dinamarca. Sim, ele é parente distante do Lars Von Trier, and that’s all, folks. O moço é muito talentoso e produz um cinema autoral, realista e atual. Além de muito bem dirigir, ele escreve, muito bem escritos, os roteiros de seus filmes.
Joachim é um expoente do cinema nórdico, que traz uma safra de excelentes filmes que retratam o nosso tempo sem verniz. Um cinema sem glamour e cheio de poesia.* Seus dois longas são Reprise (2006) - Dois jovens e competitivos amigos, apaixonados por literatura e música, tentam publicar seu primeiro romance. Apenas um deles tem sucesso, enquanto o outro acaba numa clinica psiquiátrica.
Oslo, 31 de agosto (2011) é o segundo filme de Trier.
Conta um dia na vida de um adicto em tratamento, que é liberado da reabilitação para uma entrevista de emprego. A fotografia é matadora. Me encanta especialmente os takes iniciais do filme, com imagens da cidade e textos curtos sobre Oslo.
Thomas Vinterberg, é aquele dinamarquês que que entrou para o cinema contemporâneo ao lançar o premiado Festa em Famíia (Dinamarca-Suécia, 1998), marco inicial do Dogma95*, (movimento criado por Thomas em parceria com Lars Von Trier, que visa defender um cinema mais realista e menos comercial). Depois foi convidado para dirigir It’s all about love (2003), estrelado por Claire Danes, Joaquin Phoenix e Sean Penn, em Hollywood. De volta à Dinamarca, mandou o ótimo Submarino (2010) e The Hunt (2012), que tem estréia prevista para outubro deste ano. O diretor também é um dos responsáveis pelos roteiros destes filmes, entre outros.
Esses caras são alguns dos que fazem do cinema nórdico um dos meus programas favoritos nesses dias frios. Pra quem não viu, eu recomendo.
Wanessa Rudmer é atriz, produtora do Grupo Cemitério de Automóveis e colunista do blog ‘Os Curtos Filmes’.