Anna foi responsável pela maquiagem de filmes como ‘Ensaio Sobre a Cegueira’, ‘Xingu’, ‘Cidade de Deus’, Carandiru’, entre outros.
O que te faz aceitar participar de trabalhos em curta-metragem?
Eu escolho os curtas nos quais vou trabalhar em função das propostas estéticas do trabalho me parecerem interessantes, mas claro que também participo de curtas dirigidos por profissionais com quem tenho relações profissionais estreitas .Gosto também de indicar novos maquiadores para certos projetos. Neste caso posso supervisionar o trabalho e indicar soluções técnicas.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito que as possibilidades de retorno financeiro, sendo escassas, geram este desinteresse generalizado. Os curtas por muito tempo foram considerados exercícios de cinema.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
A divulgação nos canais de TV a cabo, como tenho visto nos últimos tempos, colabora muito. A internet é um recurso interessante, embora de pouco retorno financeiro .Gostaria de ver mais projetos relacionados ao Ensino Médio, onde adolescentes tivessem contato com as possibilidades narrativas de um curta metragem.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Todas as formas de se produzir filmes fazem sentido. Cada proposta pede um formato diferente.
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Não vejo desta forma. As premiações, por exemplo são um grande incentivo ao formato do curta metragem. Há alguns anos fui convidada pelo diretor Inácio Zatz para participar de um festival de curtas metragem em Angra dos Reis e encontrei muita gente interessante discutindo cinema.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não penso em dirigir. Adoro ser um detalhe do todo. Adoro meu trabalho.