Cursou o
CPT - Centro de Pesquisa Teatral coordenado por Antunes Filho (2013). É ator
formado no curso de Atuação da SP Escola de Teatro (2011) com graduação em
Letras pela FFLCH/USP (2009). Integra o núcleo permanente de pesquisa e criação
do Grupo Atocontínuo... desde 2007. O coletivo pesquisa novas fontes de
dramaturgia como o material fonográfico e a atuação performativa. Participou como
ator de dois espetáculos do grupo, além de dirigir e atuar no exercício cênico ‘O
homem: O seu Amor’ (2007).
O que
te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
É comum a disseminação de curtas-metragens utilizados no
contexto de outras obras artísticas como em peças de teatro, por exemplo.
Sempre considero interessantes e enriquecedoras essas inserções e diálogos
entre cinema e teatro, ou cinema e artes plásticas etc.
Por que os curtas não
têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Tenho a impressão de que os
curtas se tornaram o espaço do experimental no cinema, portanto, a imprensa se
interessa por esses materiais novos onde a pesquisa de temas e linguagens pode
ser mais fértil.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Não tenho muita idéia porque
não sou um ator da área. Mas acredito que experiências como aquelas de ‘NY, I
love U’, ‘Paris je t´aime’, nos quais temos curtas agregados, são bem
interessantes para a difusão da linguagem. Mesmo aqui no Brasil como naquela
produção recente "5 vezes favela" que também tem uma proposta
semelhante. A presença de festivais temáticos também pode aproximar o público
por afinidade com os temas dos mesmos. Aqui em São Paulo o MIX Brasil é um exemplo
disso.
É possível ser um
cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para
fazer um longa...
Acho que a linguagem está
sempre na dependência do que se quer dizer. Não dá pra pensar linguagem (forma)
antes do conteúdo, é bobagem. É preciso olhar para o material que se tem nas
mãos e fazer perguntas pra ele.
O curta-metragem é
marginalizado entre os próprios cineastas?
Realmente não sei.
Pensa
em dirigir um curta futuramente?
Quem sabe... Sou muito ligado
em "direção de coisas ao vivo" como diria o Chiquinho Medeiros
(Diretor Teatral). Acho que primeiro eu teria que investigar mais esta paixão
pra num segundo momento pensar no cinema. Mas confesso que adoro a linguagem
dos curtas, tem uma pegada própria, uma identidade.