Maria Alice é uma das maiores atrizes do Brasil. Ficou conhecida
nacionalmente com o curta ‘Tapa na Pantera’. Seu campo de atuação é o teatro,
mas podemos vê-la também em filmes como ‘Quanto Dura o Amor?’, de Roberto
Moreira.
O que te faz aceitar participar de trabalhos em curta-metragem?
A turma, o tema, a importância de um ator mais experiente se
oferecer e propor aos iniciantes uma arte mais amadora e acabada. Adoro
conviver com os jovens. Os curtos vêm sempre acompanhados pelos jovens. Gosto
muito de trabalhar com jovens diretores.
Por que os curtas não têm espaço em
críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Por causa da mentalidade, eles acham que as coisas boas são só as
amadurecidas. Os grandes atores não se dedicam mais ao inicio, ao didático.
Eles não gostam de se misturar com estudantes, eles acham que é um processo já
passado. Gosto do amador.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição
dos curtas para atingir mais público
Passar antes dos longas, sem aqueles comerciais. Em especial em cinema considerados cults, como o do SESC, Frei Caneca, Bombril e outros.
Passar antes dos longas, sem aqueles comerciais. Em especial em cinema considerados cults, como o do SESC, Frei Caneca, Bombril e outros.
É possível ser um cineasta só de
curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
(risos). Se houvesse mais aceitação, se tivesse mais comércio
como nos Estados Unidos, não seria marginal. Não se vive com curta e teatro sem
ser global.
O curta-metragem é marginalizado entre os
próprios cineastas?
Não é bem marginalizado, ele é uma minoria. Ele é experimental.
Você não passa do principio que precisa de um ator da Globo para “vender” seu
curta, você abre mão disso.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não sou
diretora de cinema.