Atriz. Participou
do curta-metragem ‘Saia Santa’, roteiro e direção Mauro D’Addio.
O que te faz aceitar participar de
produções em curta-metragem?
Comecei a participar de curtas, porque queria aprender a
fazer cinema. Os curtas dão muito mais oportunidades à atores do que os longas,
que geralmente querem atores mais conhecidos. O primeiro curta em película que
fiz foi ‘Saia Santa’ e além de uma experiência incrível, teve uma ótima
projeção. Até hoje, às vezes vou fazer testes para cinema e algumas pessoas me
conhecem pelo filme.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e
atenção da mídia em geral?
Porque o curta é marginalizado até mesmo por quem faz
cinema. Então se a galera do cinema não dá valor, como fora do meio será
valorizado?
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas
para atingir mais público?Hoje a internet é um veiculo ótimo. Não acho que a
obrigatoriedade de exibição do curta antes do longa ajude a nada. Tudo que é
obrigatório não é bom. Acaba criando mais resistência do que "hábito"
de assistir a curtas. Outras boas alternativas são os canais destinados a isso.
Um curta não vai ter nunca a projeção de um longa. Principalmente porque não
ocupa salas de cinemas nem os canais abertos, mas pode ter mais visibilidade do
que hoje tem, utilizando com mais inteligência os meios disponíveis de
distribuição gratuita.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos
que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
No Brasil, onde nem o cineasta de longa-metragem consegue
sobreviver, acho difícil. A necessidade de financiamento público ainda é
grande. E, infelizmente, no Brasil há uma grande rejeição
em tratar a cultura como indústria, então fica ainda mais difícil.
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios
cineastas?
Como disse anteriormente, sim. Não só pelos cineastas,
mas por todos do cinema.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Ainda tenho
muito o que explorar como atriz. Depois, quem sabe?