terça-feira, 10 de setembro de 2013

Karen Menatti

Atriz. Presença constante nos palcos de teatro.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A maioria das produções de curta que trabalhei foi a convite de alguém da produção ou envolvida com o trabalho. Os que eu fui fazer o teste fui atraída pelo roteiro. De qualquer maneira, em ambos os casos, o que me fez - e faz - aceitar é a aproximação que posso ter com a linguagem, de desenvolver um trabalho artístico com o qual me identifico!
 
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Não tenho uma vasta experiência mas os que eu trabalhei se aproximavam muito do teatro, no que diz respeito ao trabalho em equipe e na vontade de que ficasse tudo bem feito. Havia esse tipo de paixão e de proximidade ! Tive a alegria de trabalhar com pessoas que lidavam bem com imprevistos, que pode acontecer quando se trata de uma externa, por exemplo e de incluir algo que num primeiro momento poderia ser visto como erro e que se transforma em algo bacana. Essa maneira de lidar se aproxima também com a maneira de alguns trabalhos teatrais. Mas, é claro, que essa abertura é específica das pessoas com quem trabalhei!!
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Olha, não sei o porquê! Talvez haja alguma questão de dinheiro envolvida... Não sei se interessa para as grandes empresas, se dá o tal "retorno" que muitas vezes impedem lindos trabalhos de serem vistos por mais pessoas. Isso se dá muitas vezes na música e no teatro também. Talvez seja por aí...
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Já assisti alguns curtas em festivais ou em projetos específicos, como , por exemplo, no Espaço Itaú Cultural, Cine SESC. As salas não estavam tão cheias, muito provavelmente por conta dessa falta de espaço na mídia, colocada na outra questão. Acredito que se houver mais projetos contínuos, se consiga formar um público maior.
 
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acredito que a tentativa de liberdade de experimentação é buscada em todas as áreas de trabalho artístico! No teatro, nos longas, nos curtas, na música... Se pensarmos que é mais caro produzir um longa, talvez sim. Acho que a grande questão de driblar e lidar com as tais “necessidades" de mercado, patrocinadores e tudo o mais, é mais específica de produções maiores que vão precisar de um suporte financeiro maior e claro, terão uma pressão também maior!
 
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não acredito que as coisas se deem dessa forma.
 
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Poxa! Realmente essa não vou saber te responder! Receita, talvez só as de bolo funcionem! Rs
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Já tive algumas ideias de roteiros com alguns amigos, que por hora, estão engavetadas! Quem sabe um dia?!