Diretora de comerciais, videoclipes e programas de TV que
estreou na direção de longa-metragem em 2003 com o documentário ‘Paulinho
da Viola – Meu tempo é hoje’, foi assistente de direção na minissérie ‘Agosto’,
dirigida por Paulo José, exibida na Rede Globo. É dela também o documentário ‘Elza’,
sobre a cantora Elza Soares.
O que te faz aceitar
participar de produções em curta-metragem?
O filme da ‘Elza’ é um longa, na verdade
nunca fiz um curta-metragem.
Por que os curtas não têm espaço em
críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
É um formato mais difícil, menos comercial,
acho também que ficou uma marca negativa da época em que era uma imposição
exibir curtas antes dos longas nos cinemas, mas isso já mudou e a aceitação pra
esse tipo de formato esta ficando maior.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição
dos curtas para atingir mais público?
Acho que uma boa opção seria a utilização
da internet, o formato me parece altamente compatível com esse meio de divulgação,
os festivais de cinema também são sempre uma opção boa.
É possível ser um cineasta só de
curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Na verdade poderíamos considerar que o
curta é como uma crônica e o longa um romance. É possível ser um cineasta só de
curtas, mas considero mais difícil e improvável, pois tem menos repercussão e
mercado. Alem disso, creio que o formato maior do longa te possibilita um
aprofundamento nos personagens e nos temas escolhidos que é muito prazeroso.
O curta-metragem é marginalizado entre os
próprios cineastas?
Acho que não é exatamente marginalizado,
mas sofre as consequências de ser menos comercial .
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Gostaria
de dirigir um curta certamente, pois acho que a vantagem é justamente ter menos
peso e cobrança o que possibilita maior liberdade e oportunidade pra
experimentalismos.