domingo, 21 de abril de 2013

Izabel Jaguaribe

Diretora de comerciais, videoclipes e programas de TV que estreou na direção de longa-metragem em 2003 com o documentário ‘Paulinho da Viola – Meu tempo é hoje’, foi assistente de direção na minissérie ‘Agosto’, dirigida por Paulo José, exibida na Rede Globo. É dela também o documentário ‘Elza’, sobre a cantora Elza Soares.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
O filme da ‘Elza’ é um longa, na verdade nunca fiz um curta-metragem.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
É um formato mais difícil, menos comercial, acho também que ficou uma marca negativa da época em que era uma imposição exibir curtas antes dos longas nos cinemas, mas isso já mudou e a aceitação pra esse tipo de formato esta ficando maior.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que uma boa opção seria a utilização da internet, o formato me parece altamente compatível com esse meio de divulgação, os festivais de cinema também são sempre uma opção boa.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Na verdade poderíamos considerar que o curta é como uma crônica e o longa um romance. É possível ser um cineasta só de curtas, mas considero mais difícil e improvável, pois tem menos repercussão e mercado. Alem disso, creio que o formato maior do longa te possibilita um aprofundamento nos personagens e nos temas escolhidos que é muito prazeroso.
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Acho que não é exatamente marginalizado, mas sofre as consequências de ser menos comercial .
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Gostaria de dirigir um curta certamente, pois acho que a vantagem é justamente ter menos peso e cobrança o que possibilita maior liberdade e oportunidade pra experimentalismos.