Atriz.
Atuou em “Éden”; “Bruna
Surfistinha”; entre outros. Em curta-metragem atuou em “"O casamento de
Mário e Fia"; “Irmãos” e; ““Um Dia de Maria”. Melhor atriz no II Festival
Paulínia de Cinema por “Olhos Azuis” e Melhor atriz no Prêmio 100% Vídeo de Cinema Brasileiro por “Olhos
Azuis”.
O que te faz aceitar participar de
produções em curta-metragem?
Primeiro de tudo um bom personagem e
uma boa história para ser contada. Quando aceito um trabalho, seja um curta,
longa ou uma peça de teatro, são muitas coisas que podem despertar minha
atenção, a vontade de trabalhar com um diretor, a equipe, a concepção
artística, um desafio. Sempre me interesso em conhecer os projetos, de onde
menos se espera pode surgir algo muito bom!
Conte sobre a sua experiência em
trabalhar em produções em curta-metragem.
Encaro um curta-metragem com a mesma
entrega que teria num longa. O último que filmei, no inicio deste ano, é de uma
diretora estreante com muita vontade e talento. Havia uma garra e generosidade
na equipe que contaminou todo o elenco. Às vezes, quando se trabalha com pouca
grana, ou uma estrutura reduzida, a criatividade transborda e as soluções
aparecem de onde menos se espera.
Por que os curtas não têm espaço em
críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Os curtas tem pouquíssimos espaços de
exibição. Conheço muita gente que não sabe nem o que é um filme curta-metragem.
Numa visita ao interior do país, me perguntaram para que servia um curta se não
passava em lugar nenhum. O Brasil é muito grande, tem muitas cidades que não
possuem cinema, quiçá um festival com curtas. Acho que a mídia está mais
interessada no que a grande parcela da população quer ver, no que dá mais
ibope.
Na sua opinião, como deveria ser a
exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que deveriam ter mais espaço na TV aberta, que ainda é o canal de maior comunicação que temos. Investir também
em outras mídias, internet, e plataformas alternativas. Estamos passando por um
período de transição no meio audiovisual, acho que agora é o momento para
levantarmos esta questão e batalharmos por mais espaço para produção
audiovisual brasileira em geral.
O curta-metragem para um profissional
(seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para
experimentação?
Acredito que sim, principalmente para
os diretores.
O curta-metragem é um trampolim para
fazer um longa?
Pode ser o belo trampolim, temos
muitos exemplos de excelentes diretores que começaram com curtas e hoje são
consagrados com seus longas.
Qual é a receita para vencer no
audiovisual brasileiro?
Não faço ideia. Não acredito muito em
receitas, cada um tem o seu caminho. Mas uma palavra sempre me vem à cabeça:
persistência.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sou atriz e interpretar personagens é
o que me dá mais prazer hoje, mas não descarto a possibilidade de dirigir no
futuro. Na verdade tenho uma ideia ainda embrionária para um curta-metragem
documental.