Cineasta. Graduou-se na primeira turma
de cinema da ECA/USP. Além da atividade no cinema, foi administradora do
Auditório Augusta, espaço da vanguarda teatral paulistana, criado por ela e
pelo diretor Luís Sérgio Person nos anos 60, em São
Paulo.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Na
verdade, só uma vez fui convidada para dirigir um curta, em geral eu mesma
escolhi minhas produções. O que me move é a vontade de contar uma historia de
maneira condensada.
Conte
sobre o seu projeto de trabalhar em produções em curta-metragem.
Meus
últimos trabalhos tem se dirigido para produções com duração de cinquenta e
dois minutos dirigidas à televisão, onde as possibilidades de exibição estão
mais presentes hoje.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Boa
pergunta!
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acredito
no esquema curta-longa nas sessões de cinema; seria interessante também a
exibição de curtas acoplados em sessões compostas de programas de setenta a
noventa minutos, reunidos por temas comuns ou não; e a proliferação de
programas de televisão dirigidos à apresentação e discussão do formato.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem
duvida nenhuma.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não
necessariamente.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Não
existe receita. Talvez o requisito básico seja a paixão pelo que se faz.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Sim, tenho vontade de contar uma
história que aconteceu com uma amiga, muito engraçada e muito significativa da vida
em uma grande cidade como São Paulo...