Ator
e cineasta. Dirigiu o curta-metragem “O Condenado”
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A
oportunidade de atuar em cinema ou audiovisual, além de participar de um bom
projeto com pessoas bacanas.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Além de
já ter atuado em alguns curtas-metragens, já dirigi e atuei em um curta de
terror intitulado "O Condenado", que obteve um resultado bem interessante.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Me parece
que a mídia cultural está cada vez mais "desespecializada", e tem seu
olhar dirigido a pequenos grupos. Apesar de não viver muito a realidade do
cinema, acredito que o ranço panfletário que dominou a sétima arte no Brasil há
algumas décadas atrás, motivado pelo academicismo autoritário, enfraqueceu a
relação do cinema com o público brasileiro e consequentemente, nos dias de
hoje, o interesse da mídia em falar de produção alternativa de cinema nacional
ainda é tímido, se não for nulo.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Realizações
de mais festivais temáticos (terror, comédia, etc.), exibições de curtas em
parques, ao ar livre (Parque do Ibirapuera, Parque da Aclimação). É necessário
ter ideias, chamar a atenção. É um desafio enorme.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza, mas acho importante que a experimentação seja criativa,
comunicativa, para que não se torne apenas uma masturbação artística que
acontece somente na cabeça de quem realiza. Ter consciência, na medida do
possível, de como e o quê sua obra de fato comunica é de fundamental
importância.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Se fizer bons curtas, pode vir a ser. Com certeza, para muitos, é o começo.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Olha, não faço a mínima ideia, e se talvez soubesse, provavelmente não
revelaria.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Sim, penso sim. Tenho uma
história na cabeça que me anima muito em fazer. Quem sabe um dia?