Atriz. No cinema, entre outros trabalhos,
atuou nos curtas ‘Banho Maria’, de Miguel de Oliveira e ‘O Casamento de Mario e
Fia’, de Paulo Halm; ‘Os Inquilinos’ e ‘Quanto Vale ou é Por Quilo’, de Sérgio
Bianchi e ‘Lost Zweig’, de Silvio Back.
O que te faz
aceitar participar de produções em curta-metragem.
Fiz poucos curtas. Lamentavelmente, porque o que me
interessaria em fazer mais curtas seria sua qualidade mais artesanal. São poucos
os curtas que já fazem parte do "mainstream", o que lhes confere
alguma liberdade. Eu acho...
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Os mais recentes são "O
casamento de Mario e Fia" de Paulo Halm e "Banho Maria" de
Miguel de Oliveira. Ambos divertidíssimos de fazer, porque entre amigos. Cinema
é legal de fazer porque a gente vira meio que uma família trabalhando, criando
e rindo juntos, por causa da relação que estabelecemos com o tempo. A gente
fica com tempo de conhecer e conversar com todo mundo, porque cada um tem o seu
tempo pra preparar seu trabalho. É muito rico, isso!
Por
que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em
geral?
Provavelmente porque, muito
raramente, dão algum retorno financeiro. Mas principalmente porque não temos
uma cultura de curta aqui no Brasil. O público que não é especializado não se
interessa, não conhece. E, a exceção daqueles que trabalham com cinema, não há
nenhum esforço em aumentar a demanda por curtas.
Na
sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Com o mesmo espaço dos longas.
Com espaço nas TVs abertas, por exemplo. Só se ouve falar em curta nas pequenas
mostras, que não são muito divulgadas e antes de alguns filmes brasileiros que,
em alguns casos, reúne meia dúzia de espectadores na plateia. Os
distribuidores, também ajudariam se investissem mais nos curtas.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que sim, mas, como tudo
em arte, sempre dependendo de quem faz.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Do meu ponto de vista, uma
coisa não tem a ver com a outra.
Qual
é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Como assim, vencer? Não sei.
Eu acredito no trabalho e na qualidade do que ele pode produzir. O resto...
Pensa
em dirigir um curta futuramente?
Dirigir cinema ainda não é,
nem de longe, uma aspiração pra mim: cada macaco no seu galho. A realização do
ofício não depende só do desejo. Pelo menos não deveria!