Ator e
produtor. Integrante do
Grupo TAPA desde fevereiro de 2008. No cinema atuou no média-metragem ‘O Outro’,
nos curtas ‘Malandro é o Gato’, direção de Júlio Cavalcanti, ‘O mundo da voltas’,
‘8’, e ‘Fim do Túnel’, todos da Academia Internacional de Cinema (AIC). ‘Fique
Quietinha’, direção de Débora Graça, é o seu trabalho em longa-metragem.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem.
Fazer cinema, independe da duração, o que faz a grandiosidade não
é o tempo e sim sua qualidade, alguns segundos ficam para sempre em nossas
vidas. Fazer curta-metragem é um privilégio de poder exercitar novas
linguagens, estilos, aperfeiçoar-se e até mesmo conhecer novos profissionais.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Já fiz vários curtas e sempre é um prazer, um ambiente de
descobertas, muitos improvisos. Valendo a pena cada esforço, muitas vezes com
pouca verba os curtas são atos de amor a arte.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção
da mídia em geral?
Essa questão de espaço nos grandes veículos, não é exclusividade
dos curtas, o teatro, a dança estão cada vez com menos espaços, acredito que as
alternativas sejam as mídias digitais e redes sociais, cada vez mais
pulverizadas e acessíveis. É uma relação de demanda e oferta, enquanto itens
gastronômicos, classificados e policiais interessarem mais aos leitores
(consumidores), continuarão a obter maior espaço da mídia. Agora se o padrão
dos leitores mudarem, mudarão as leituras e conteúdos.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para
atingir mais público?
Quem sabe uma parceria com as salas que exibem os longas, fazendo
com que o curta se torne familiar ao grande público, talvez exibir antes dos
trailers e propagandas, começar a exibição bem antes do filme começar, tornando
a sala mais atrativa antes de cada espetáculo, bem como os festivais e leis de
incentivo são outras boas opções.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação,
direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não há outro lugar melhor para isso!
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sem dúvida, é um preparatório para todos, direção, roteiro,
fotografia, atores e equipe. Lembrando que na maioria das vezes o resultado
final também de alta qualidade artística.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Não só no audiovisual, mas como em toda arte no Brasil, que não
seja comercial. Muita, mas muita perseverança.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim, quem sabe um dia. Espero conseguir.