Atriz. Atuou nas séries ‘Presença de Anita’, ‘Os Normais’, ‘A
Diarista’, ‘A Patrulha Salvadora’, entre outras. Em telenovela se destacou em ‘Carrossel’.
No cinema participou do curta ‘O Dia M’.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem.
Nessas décadas todas de profissão, recebi
poucos convites para atuar em cinema. Fiz 'A Marvada Carne', por indicação de
Sofredinni, que foi o diretor que me fez, em teatro. Quando ele escreveu 'A
Marvada Carne' perguntou se eu gostaria de fazer cinema e eu mais do que
depressa aceitei. Amei a experiência, embora minha participação tenha sido
pequena no resultado final, mas acompanhei e participei em grande parte do
material filmado. Depois disso, fiz algumas participações de trabalhos de
estudantes de cinema em curtas e sempre aceitei fazer com muito prazer.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Há alguns anos, fiz uma participação no
curta 'O Dia M' com Caco Ciocler. Foi minha experiência em curta-metragem. Também
aceitei com imenso prazer, cinema é apaixonante na minha opinião. As
possibilidades de realização são imensas, você pode dar asas a imaginação que
sempre há uma solução para a execução. Só isso já é mais do que apaixonante.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da
mídia em geral?
Talvez culturalmente exista aqui uma
desinformação geral, onde se taxe o curta como “cinema menor”. Só consigo
pensar nessa alternativa. Que não traduz em hipótese alguma o que é a arte do
cinema de curta duração. Cinema é cinema, mensagem é mensagem em qualquer forma
ou tempo e merece atenção principalmente da mídia de uma forma geral.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
As pessoas desde a idade
muito tenra assistem a desenhos que tem curta duração. Portanto, estão
habituados a essa forma. Se fossem exibidos com mais frequência nos cinemas ou
mesmo na TV seria uma forma de tornar mais popular esse veículo. O problema é
quebrar a barreira que existe
culturalmente.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação,
direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que todos os campos
podem ser de liberdade para experimentação, porque não? Basta que exista
criatividade e uma “ideia” ou uma “história” boas.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Claro que um material
com menos tempo é um exercício excelente para se transmitir uma ideia. A
síntese é uma forma. Outra forma, que seria o longa é um passo a mais, é o
desenvolvimento da ideia. Acho que um é
o trampolim para o outro, dependendo do tipo de linguagem. Ou seja: cada forma
se insere em uma linguagem especifica, na minha opinião.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Acho que nessa arte não
existem formas, tudo é um grande mistério. Acredito num bom trabalho de
criação. Acredito também na simplicidade, na emoção pura como parâmetro.
Pensa em dirigir um
curta futuramente?
Adoraria
participar de projeto onde poderia colocar a criatividade pra fora. Apenas acho
que não tenho conhecimento suficiente para dominar esse veiculo maravilhoso
ainda.