Ator.
Atua em filmes curtas-metragens independentes, vídeos
institucionais e faz diversas participações em novelas e seriados nacionais,
tais como "S.O.S. Emergência", "Tapas e Beijos", "O
Astro", "Dilemas de Irene", "Sangue Bom",
"Tititi", "Viver a Vida", "Em Família",
"Malhação", entre outros.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Roteiro,
elenco e trabalhos anteriores do diretor.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Trabalhei
em dois curtas. O primeiro era universitário e não foi finalizado. No segundo,
fui chamado por uma amiga. Filmamos no início do ano passado e está sendo
finalizado agora. O filme é dirigido pelo Bruno Mello, que ganhou o Prêmio
Redentor de melhor curta-metragem por "Passageiro". As duas
experiências foram boas, apesar de ainda não ter visto nenhum dois filmes
prontos. O cinema tem esse mistério. Você faz e não sabe como vai ficar na
tela, quais imagens serão usadas e quais serão descartadas. Acho tão
interessante quanto perigoso.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito
que seja porque os curtas não atingem o grande público e nada que não atinge o
grande público interessa à mídia.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Devia-se
fazer como antigamente. Exibi-los antes das sessões em todos os cinemas e também
em sessões só de curtas periodicamente. A internet e as redes sociais também
são bons campos para divulgação dos curtas.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Creio que
para o diretor, sim. Para atores, produtores e outros envolvidos, talvez. Tudo
depende da liberdade que o diretor dá. O ator pode ter grande liberdade em um
longa-metragem e nenhuma em um curta-metragem. Isso não tem nada a ver com o
tamanho do filme. Tem a ver com a forma de trabalhar do diretor e com as
especificidades de cada projeto.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Pode ser,
assim como o teatro e a TV também podem. Mais uma vez, depende do longa-metragem,
do diretor, do ator, etc. Cada filme é um filme. Mas a experiência em curtas
pode ser uma grande aliada no processo de trabalho em um longa, principalmente
no que diz respeito à relação com a câmera e com as questões técnicas do set.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se
existisse uma receita pra vencer em qualquer coisa na vida, não estaríamos
aqui. Nem nós, nem quem lê essa conversa. O cinema brasileiro, apesar de
insistir nos chamados favelas movies e em obras ambientadas no sertão
nordestino - que dependem muito de características físicas peculiares dos
atores, tem tido espaço para atores de perfis e escolas diversas.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Penso em
dirigir teatro e seguir escrevendo tanto para teatro quanto para frentes
audiovisuais. Dirigir cinema é um processo que exige um conhecimento técnico
que eu não possuo. Quem sabe num futuro distante.