Ator.
Atuou em ‘Lindonéia’; ‘Um
quarto para Babushka’; ‘L’Amour e as carpideiras’; entre outros
curtas-metragens.
O que te faz aceitar participar de produções em
curta-metragem?
A oportunidade de exercitar meu
instrumento de trabalho – o corpo, a voz, a alma – e ficar com um registro que não
se perde, como no caso de uma peça.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Pratiquei junto com os formandos da
ECO-UFRJ. Fiz “Lindonéia”, de Tainá Vital, 2010; “Um quarto para Babushka”,de
João Gilla, 2011; “L’Amour e as carpideiras”, de Lucas Milleco, onde tive a
oportunidade de trabalhar ao lado de Neila Tavares; “Já tentei de tudo”, um
solo, também dirigido por Lucas Millecco. Amei demais esses trabalhos!
Por
que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em
geral?
Na
Rede Brasil, eles têm um programa, acho que se chama Curta Brasil. Existem
festivais de curtas também... Não sei o motivo.
Na
sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Antigamente, creio que no tempo da Embrafilme, houve uma lei que fazia com que
os curtas fossem exibidos antes dos longas, em todos os cinemas. Era uma coisa
no Brasil inteiro, bem bacana, que infelizmente durou pouco. Penso que o curta
poderia conquistar o espaço hoje tão ocupado pelos sitcoms importados,
aproveitando-se a nova lei da cota de produções nacionais na TV por assinatura.
Da mesma forma, entre um programa e outro, na TV aberta. Vamos invadir essa
grade.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Creio
que a experimentação é mais uma vocação do artista, do que uma questão de
suporte. O longa, tanto quanto o curta, podem arriscar-se por mares nunca
dantes navegados, o que sempre dá resultados bem interessantes. Penso em “Lixo
Extraordinário”, mais atual, e nos do Carvana, velho de guerra, que propunham
uma quebra da mesmice. Esse mais recente, da África do Sul, sci-fi, cujo título
me falha no momento, também é um bom exemplo de longa experimental. E, lógico,
o máximo dos máximos até hoje, pelo menos pra mim, que é “Terra em Transe”,mega
experimental.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Parece
ter sido assim, mas não creio que seja uma regra isso aí...
Qual
é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Sei
lá... Seria elaborar um projeto que passe na Lei, que consiga captar? Receita é
uma coisa difícil; até de bolo.
Pensa
em dirigir um curta futuramente?
Não
tenho vontade de dirigir filmes, tenho vontade de atuar e escrever roteiros.