Esther
Hamburger é Professora Associada III do Dept de Cinema, Rádio e Televisão da
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. É doutora em
Antropologia pela Universidade de Chicago, com pós doutoramento na Universidade
do Texas, Austin. É autora do livro O Brasil Antenado: A Sociedade da Novela,
de inúmeros capítulos em coletâneas, e artigos em revistas especializadas e
jornais da imprensa diária. Atua na confluência dos Estudos de Cinema e
Televisão, Antropologia e Jornalismo na abordagem de temas como: crítica,
indústria cultural, teoria e história do audiovisual, desigualdade social,
relações de gênero na televisão e no cinema. Pesquisas em andamento incluem o
filme Fábula de Arne Sucksdorff e o arquivo da extinta TV TUPI de S.Paulo. Foi
professora visitante na Universidade de Michigan, Chefe do Dept de Cinema Radio
e TV da ECA e diretora do CINUSP Paulo Emílio. Atualmente é Vice-diretora do
CINUSP e Coordenadora do Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual
(LAICA, CTR).
Eu não sou propriamente uma produtora de curtas-metragens. Enquanto fui chefe
do Departamento de Cinema Rádio e TV da USP, fui responsável pela produção dos
curtas dos alunos do curso superior do audiovisual. Minha experiência é mais
como crítica e professora de teoria e história.
Acho que
o curta-metragem está mudando de papel porque com a diversificação das mídias o
formato curta ganha agilidade de exibição, versatilidade de circulação. Mas ele
é também uma escala a caminho do longa-metragem. Muitas vezes realizadores
fazem muitos curtas antes de fazer um longa. As janelas para exibição de curtas
aumentam com a internet. Acho também interessante a exibição de curtas nos
cinemas antes de longas. Há também sessões especializadas em curtas.
Não há
receita para vencer. Ser ousado e ir fundo no que sente e acredita, pesquisar
os assuntos, lugares, pessoas, personagens que inspiram um filme é sempre um
bom começo. Não
subestimar o público. Realizar coisas que sejam significativas para quem faz é
um ótimo caminho para estabelecer contato com espectadores.