Atriz.
No cinema atuou em “Romance da
Empregada”;
“Luar Sobre Parador”;
“Faca de Dois Gumes”;
entre outros.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Até hoje
aceitei fazer todos para os quais me convidaram. Quase todos eram curtas
universitários e aceitei por acreditar na rapaziada e fazer questão de
colaborar e participar do projeto deles. Sei como é difícil essa fase de
formação e início de carreira, e o entusiasmo e dedicação deles me contagia! O
estudante de hoje é o cineasta de amanhã!
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
No
início, fiquei bem admirada com a postura profissionalíssima da moçada, apesar
da pouca experiência. Mas logo vi que eles são assim: cheios de gás e
caprichando muito para aplicar o que aprenderam e fazer um trabalho o mais
profissional e perfeito possível! Eles prestam atenção em todos os detalhes,
querem obter o melhor resultado; estão atentos, concentrados, responsáveis. Sem
falar na energia boa da juventude!
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito
que seja por não serem produtos comerciais, respaldados por distribuidoras. É a
velha lei do mercado que rege o mundo capitalista. A arte, na maioria das
vezes, é refém dessa equação, o que é uma pena!
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Hoje em
dia existem vários festivais de curta metragens, o que ajuda muito na
divulgação desses filmes. Antigamente, havia a obrigação de exibição de curtas,
antes dos longas, nos cinemas. Muita gente detestava, mas vamos convir que a
qualidade dos curtas não era mesmo muito boa. Acho que poderíamos voltar a ter
esse espaço, já que estamos produzindo tanta coisa legal! E espaço na tevê
também. Tudo que puder ser feito para incentivar, acho muito válido!
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem
dúvida! Até pelo fato de não ser tão atrelado à coisa comercial, os curtas
propiciam a criatividade. E o resultado merece ser visto por todos!
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Pode ser,
mas não necessariamente. Por ser de mais fácil produção, o curta permite que o
profissional aperfeiçoe seu trabalho, adquira experiência, o tornando apto para
voos maiores. Mas o artista pode se identificar com a linguagem mais livre do
curta metragem e preferir manter-se nesse formato, com qualidade tão boa ou até
melhor que de um longa.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Quem sou
eu para dar uma receita?!... Mas em tudo nessa vida, em especial na carreira
artística (que para quem está de fora parece um mar de rosas, cheio de glamour,
mas nós, que a praticamos, sabemos como pode ser dura, difícil e instável) a
receita é sempre uma: determinação, trabalho e não desistir nunca dos nossos
sonhos!
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Em todos
esses anos de carreira, nunca me senti segura suficiente para dirigir, seja
teatro ou cinema. Mas, quem sabe?... Mas uma coisa é certa: quero atuar em
muitos curtas, tantos quantos quiserem me convidar. Estou à disposição,
meninada!!!