quarta-feira, 22 de abril de 2015

Cláudia Missura


Atriz. Atuou em ‘Domésticas’; ‘Cristina Quer Casar’; ‘O Menino da Porteira’; entre outros.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Uma boa história, um diretor bacana, atores que admiro. Enfim, uma boa equipe! E um personagem que me inspire...

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Fiz poucos curtas: ‘A Lata’, de Leoplodo Nunes (acho que foi o meu primeiro); ‘Limbo’, de Andrés Bukowinski (fiz com o Caco Ciocler, que conheci quando estudei na EAD); ‘Uma Confusão Cotidiana’, baseado numa crônica de Franz Kafka, com direção do meu amigo Marat Descartes. Cada um teve um sabor diferente. Sempre foi uma experiência prazerosa! Foram processos muito intuitivos na composição dos personagens e a alegria de estar com amigos.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Muitas coisas bacanas não tem espaço na mídia em geral. E realmente não sei porque. Mas, acredito que o nosso cinema cresceu muito nos últimos anos e quem sabe talvez possamos ganhar mais esse espaço...

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que tudo é uma questão de cultura. Se conseguirmos mais leis de incentivos, mais espaços serão cavados para as exibições. Talvez fosse bacana assistirmos um curta no cinema antes do longa-metragem. Será que despertaria mais interesse no público pelos curtas? Precisamos desenvolver essa relação curtas e público. Talvez ingressos mais baratos, exibição em escolas, em praças públicas...

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acho que sim. É um grande campo de liberdade de experimentação. Nas minhas experiências eu senti isso. Trabalhando com amigos e brincando muito, sem medo de errar.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho que pode ser um primeiro exercício tanto pro ator quanto pro diretor.  Sempre que você faz um curta vem uma expectativa de que uma hora virá um longa. Mas, não tem regra.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Uma boa ideia e as pessoas certas envolvidas. Pra tudo!

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não, dirigir não. Mas, atuar, quem sabe? Adoraria!