Atriz formada em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Arte. Na
televisão, participa do elenco do seriado "Sandy e Junior", na Rede
Globo, e foi protagonista no seriado "Galera", na TV Cultura. É
apresentadora do programa "Estilo Sony", no canal Sony Etertaiment
Television, e trabalha em publicidade.
O
que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A grana. Hahaha! Até parece...
Todo trabalho que aceito fazer, o mais importante pra mim é disponibilidade.
Se constato que estarei de fato disponível ao conjunto do projeto, estou
dentro.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Comecei atuando num curta em stop-motion chamado ‘Macaroni’ e logo fui
parar no 36º Festival de Gramado. É uma mostra de curtas que acontece junto com o Gramadão, que é o
festival oficial de cinema. Na época eu nem sabia que existia esse paralelo só
para curtas-metragens. Então um dia também me convidaram para fazer assistência
de direção, além de atuar. Uma coisa acaba puxando a outra: escrever, atuar, dirigir.
Por
que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em
geral?
A mídia viciou no cinema de "hollywood" porque desde sempre
houve ali um investimento absurdo, tem uma história sólida. Há de se consolidar
as novas. Quando estiver mais claro pra quem busca informação e entretenimento,
aonde que se assiste a um bom curta, os jornalistas e críticos virão correndo. Por enquanto, com esta carência de organização, de espaço para exibição,
e de atenção a esta arte, o que podem os jornalistas fazer é denunciar esta
falta.
Na
sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
De todas as maneiras possíveis. Existem obras de todo jeito imaginável.
Cada um desses tantos estilos podem se aplicar a diferentes tipos de exibição.
Havendo apoio e divulgação criam-se novas formas e as pessoas vão gostar disso,
vão consumir o novo. Achei super bacana a iniciativa do cinema ao ar livre em parques, por
exemplo, ou quem filma peças de poucos minutos e depois as coloca disponíveis
na rede, curtas em eventos. Devem ser criadas muitas outras diferentes
alternativas e claro, cineclubes. Além é claro, dos festivais.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem dúvida. Nada como experimentar suas próprias ideias. É possível
experimentar em qualquer projeto. No curta-metragem, tanto quanto. Ainda mais
quando é seu.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
São coisas distintas, mas dependendo do conteúdo do curta, por que não?
Sou a favor da diversidade e mistura de linguagens, contanto que seja bem feita
e tenha conteúdo suficiente para tal. Pode virar livro, história em quadrinhos,
e longa também. Não pensemos que o longa-metragem está acima do curta, não acho isso. Por exemplo, eu assisti há pouco tempo, uma sequência de curtas sobre
"água na Palestina". Exibiram uns 15 curtas. Sendo assim foram
diferentes visões de diferentes diretores. Este formato possibilitou ao público
uma melhor avaliação sobre o assunto, do que se assistissem um só longa-metragem
sobre água na Palestina, onde se teria a confirmação de um só lado, de um só
diretor. Então um longa pode ser filmado a partir de um curta, com certeza, mas
uma coisa não está acima da outra.
Qual
é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
2 ovos, 3 xícaras de açúcar... Melhor 4
xícaras de açúcar. Pra nunca perder a doçura.
Falando sério... doçura e persistência!
Pensa
em dirigir um curta futuramente?
Morro de vontade! Já estou treinando com roteiros meus e de amigos. A perfeição é produto da prática.