Cineasta. Fazem parte de sua filmografia as
obras ‘Garotas de Ponto de Venda’; ‘Fiz zum zum e pronto’; ‘Nº 27’, ‘Vigiasé’ (seu primeiro longa-metragem documentário); entre outros.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Comecei a
fazer curtas na época da universidade. A vontade de fazer cinema, algo que já
me inquietava desde a minha cinéfila de adolescência, já me acompanhava desde
muito cedo. O ambiente universitário, novas amizades e vontades compartilhadas
tornaram possível as minhas primeiras experiências com cinema.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Foi
quando tudo começou, na verdade. Nunca passei por uma universidade ou faculdade
de cinema. Então a experiência inicial era muito baseada na minha cinéfila
anterior, e num certo autodidatismo, leitura de livros e internet sobre cinema
e técnicas de cinematografia. Íamos aprendendo enquanto fazíamos os curtas. Digo nós, lembrando que era uma
experiência de um grupo. O mais legal de
tudo isso era que tínhamos liberdade para realizar nossas ideias, já que o que
nos guiava, direcionava era apenas a vontade de fazer os filmes e dizer algo
que pensávamos através deles.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que
esses espaços midiáticos que você citou estão mais vinculados a uma lógica de
mercado. E curta não vende, então.... Mas
é muito interessante a repercussão dos curtas através de blogs e pela crítica
da internet. Vide cinética, contra campo, filmes-polvo e afins.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Amigos
mais velhos me dizem que curtas-metragens eram exibidos antes de longas nas
salas comerciais. Parece que existia uma
lei que imponha isso. Gosto muito da ideia e acho que seria uma ótima forma dos
filmes chegarem ao grande público. Mas a
internet é um ótimo canal para que o público alcance os curtas, tanto através
de sites especializados em curtas, sites de cinema, sites das produtoras, ou Youtube!
e Vimeo.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim. Tanto
quanto o longa-metragem.
O curta-metragem
é um trampolim para fazer um longa?
Acredito
que o que meramente diferencia o curta do longa-metragem é a duração. Ambos são
cinema. A relação entre ambos é horizontal.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Pergunta
isso pro Padilha, eu que não sei, nem quero saber. Quero apenas continuar a
fazer meus filmes.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Claro!
Só estou esperando a próxima ideia surgir.