Atriz. No cinema
atuou em ‘Zuzu Angel’; ‘O Menino no Espelho’; ‘Isolados’;
entre outros. ‘Retrato Falhado’ é um dos curtas-metragens de maior destaque em
sua filmografia.
O que te faz aceitar participar
de produções em curta-metragem?
As
pessoas envolvidas e a história a ser contada.
Conte sobre a sua experiência
em trabalhar em produções em curta-metragem.
Tive
três experiências. No último curta “Pobre amor” no qual além de atuar eu
produzir também. E ainda o meu namorado dirigiu, foi uma experiência em
família! Mais intensa, rica, é trabalho de formiguinha. Ainda está na edição,
mas não vejo a hora de ver em algum cinema.
Por que os curtas não têm
espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Tem
sim, mas acho que é direcionado a nós do meio, o que não torna tão popular.
Na sua opinião, como deveria
ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Antes
dos filmes nos cinemas. Eu adoraria assistir dessa forma, sempre chego mais
cedo no cinema, só para ver os trailers. Hoje em dia acabo vendo muita coisa
pela internet, o que já é ótimo pois consegue atingir um público um pouco
maior.
O curta-metragem para um
profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o
grande campo de liberdade para experimentação?
Sim .
Acho que o curta por ser mais rápido de fazer e com custo menor você pode
experimentar mais, se arriscar, sem os compromissos e exigências que os
produtores, distribuidores fazem num longa. Acho ainda que a forma ”artesanal” de
fazer um curta reina entre nós. Gosto dessa sensação ao fazer um curta, parece
que temos um controle maior sobre.
O curta-metragem é um trampolim
para fazer um longa?
Com
certeza, acho natural acontecer isso. Participei do longa O corpo, que era de
baixo orçamento e os diretores Rubens Rewald e Rossana Foglia só fizeram esse
longa-metragem porque ganharam um prêmio de um curta. Mas voltar a fazer um
curta depois de um longa nunca vai ser demérito.
Qual é a receita para vencer no
audiovisual brasileiro?
Estamos
em busca não? Não existe formula, o que temos que fazer é formar público.
Olha agora o que aconteceu com o filme
De pernas para o ar 2?! São 5 milhões de pessoas, estamos oferecendo
entretenimento, ok, isso não é problema
e sim formação de público, só ganhamos com isso. Imagina se antes desse filme
fossem exibidos curtas-metragens? Olha como seria precioso e com isso teríamos
mais investimento nesta área. Espero que o governo e as empresas percebam que
cultura faz parte da educação e de um Brasil melhor e não uma coisa supérflua.
Pensa em dirigir um curta
futuramente?
Penso em escrever
, mas dirigir… você acabou me dando uma ótima ideia. Risos…