sexta-feira, 3 de abril de 2015

Regiane Alves


Atriz. No cinema atuou em ‘Zuzu Angel’; ‘O Menino no Espelho’; ‘Isolados’; entre outros. ‘Retrato Falhado’ é um dos curtas-metragens de maior destaque em sua filmografia.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
As pessoas envolvidas e a história a ser contada.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Tive três experiências. No último curta “Pobre amor” no qual além de atuar eu produzir também. E ainda o meu namorado dirigiu, foi uma experiência em família! Mais intensa, rica, é trabalho de formiguinha. Ainda está na edição, mas não vejo a hora de ver em algum cinema.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Tem sim, mas acho que é direcionado a nós do meio, o que não torna tão popular.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Antes dos filmes nos cinemas. Eu adoraria assistir dessa forma, sempre chego mais cedo no cinema, só para ver os trailers. Hoje em dia acabo vendo muita coisa pela internet, o que já é ótimo pois consegue atingir um público um pouco maior.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim . Acho que o curta por ser mais rápido de fazer e com custo menor você pode experimentar mais, se arriscar, sem os compromissos e exigências que os produtores, distribuidores fazem num longa. Acho ainda que a forma ”artesanal” de fazer um curta reina entre nós. Gosto dessa sensação ao fazer um curta, parece que temos um controle maior sobre.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Com certeza, acho natural acontecer isso. Participei do longa O corpo, que era de baixo orçamento e os diretores Rubens Rewald e Rossana Foglia só fizeram esse longa-metragem porque ganharam um prêmio de um curta. Mas voltar a fazer um curta depois de um longa nunca vai ser demérito.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Estamos em busca não? Não existe formula, o que temos que fazer é formar público. Olha  agora o que aconteceu com o filme De pernas para o ar 2?! São 5 milhões de pessoas, estamos oferecendo entretenimento, ok,  isso não é problema e sim formação de público, só ganhamos com isso. Imagina se antes desse filme fossem exibidos curtas-metragens? Olha como seria precioso e com isso teríamos mais investimento nesta área. Espero que o governo e as empresas percebam que cultura faz parte da educação e de um Brasil melhor e não uma coisa supérflua.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso em escrever , mas dirigir… você acabou me dando uma ótima ideia. Risos…