Ator.
Participa de diversos filmes publicitários e é ator principal no
curtas "O Troco", dirigido por André Rolin, e "Sonho de Todo
Junk", com o diretor Guilherme Ferrari, para o Sesc.
O que te faz aceitar participar de
produções em curta-metragem?
Uma boa avaliação do projeto e roteiro. É
importante ter a garantia que o filme terá uma produção de qualidade. A
divulgação futura também é um ponto forte para a aceitação. Não adianta nada
fazer uma super produção, um grande roteiro e depois engavetar o filme.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Já
participei de três curtas: “O Sonho de todo Junky” dirigido por Guilherme
Ferrari (SENAC), “O Troco” e “2 Real” dirigidos por André Rolim. “O Troco”
gerou uma visibilidade gigantesca e viralizou pelo YOUTUBE. Foi um curta que
cativou o público por se tratar de um assunto cotidiano. Muitas pessoas se
identificaram com o casal sacana do filme e exteriorizaram o mesmo desejo de
“vingança” contra o telemarketing. “O Troco” teve uma grande divulgação nos
principais festivais da área e ganhou muitos prêmios. Foi uma experiência
única!
Por
que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em
geral?
Devido a
essa nova lei da TV paga (ANCINE), a mídia televisiva terá como obrigação a
veiculação diária de produções nacionais. Isso, possivelmente, favorecerá a
visibilidade dos curtas-metragens brasileiros. Hoje em dia já podemos assistir
curtas-metragens nacionais em várias TVs a cabo. O grande diferencial de um curta
para um longa é justamente o descompromisso com a venda do produto. Como não há
essa pressão, o cineasta fica predisposto a produzir a arte pelo simples
prazer. É uma mentalidade que deveria ser mudada. A arte sem o público, é
incompleta.
Na
sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
O primeiro
passo é mudar a mentalidade dos produtores. Os curtas devem ser atraentes para
o público em geral e não apenas para um público específico. Devem ser produtos
de consumo sem descaracterizar os seus diferenciais. Feito isso, eles estarão
aptos para serem veiculados em salas de cinema comercial.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
A experimentação
é um risco que deve ser corrido em qualquer tipo de atividade. Os curtas nos
dão essa liberdade por não ter pressões e obrigações contratuais.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Hoje em dia
não é mais. Existem vários fatores que interferem e definem um elenco de um
longa-metragem. Apenas o talento já não basta. Atualmente estou atuando no
longa-metragem “O Segredo do Molho”, de Leonardo Liberti, que tem o Rafinha
Bastos como ator principal. Estamos em fase de produção.
Qual
é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
O
importante são as realizações pessoais. Não existe uma receita para o sucesso.
Faça o que você gosta com muita dedicação e carinho. Não espere nada em troca.
Pensa
em dirigir um curta futuramente?
Prefiro atuar. Mas nada impede que eu possa
dirigir futuramente.