Atriz. Atuou na série ‘Pé na Cova’, da TV Globo.
O que te faz aceitar participar de
produções em curta-metragem?
Um
curta-metragem na minha opinião tem que ter uma boa premissa, ou seja, um bom
roteiro. Evidente que importa muito a equipe que vai fazê-lo, mas se a ideia é
genial e a equipe trabalhadora, a chance é que dê certo. Gosto se trabalhar com
quem gosta de trabalhar.
Conte sobre a sua experiência em
trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha experiência
em curta-metragem começou na faculdade de Comunicação Social da PUC-Rio. Para
um trabalho o grupo passou um final de semana em uma casa fazendo o curta. Foi
extremamente amador, mas uma experiência valiosa e prazerosa. Depois começaram
os trabalhos: em 2009 fiz a convite da diretora e atriz Ana Miranda o "No
Caminho de Seus Passos" (tive que aprender a dançar ballet de ponta, que
eu não sabia) e também "Handebol" da premiada diretora Anita Rocha da
Silveira (tive que aprender a jogar handebol e acabei ganhando o prêmio de
melhor atriz na Mostra Marília de Cinema - SP); em 2010 fiz um curta-metragem
dirigido por Douglas Clayton chamado "O Ano Todo Faz Calor" com um
elenco jovem e inovador. Foi muito divertido e trabalhei com amigos queridos
que é sempre bom. Sempre vi
meus amigos de cinema fazendo curtas e minha experiência sempre foi
maravilhosa! Espero fazer muitos mais!
Por que os curtas não têm espaço em
críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Não sei ao
certo o porque, porém acho que muitas vezes existe uma falta de divulgação dos
curtas e de distribuição. Muitos curtas-metragens por ai são maravilhosos mas
não tem onde serem exibidos, só nos festivais, que em sua maioria são o foco
dos que fazem os filmes. Com o avanço tecnológico já podemos assistir várias
coisas em casa e também disponibilizar material para o público online. Eu tive
a honra de ver o "Handebol" em uma sala de cinema em Los Angeles no
Chinese Theater no Brazilian Film Festival. Com certeza faz muita diferença ver
na telona.
Na sua opinião, como deveria ser a
exibição dos curtas para atingir mais público?
Não tenho
como dizer o que funcionaria pois não é minha área de estudo, mas talvez se
fizessem uma sessão no circuito para vários curtas juntos? Seria legal assistir
um atrás do outro como em festivais. Penso que isso poderia atrair o público
até porque todos fazem curtas-metragens, até os grandes e mais conhecidos
cineastas.
O curta-metragem para um profissional
(seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para
experimentação?
Eu como
profissional acredito que tenho liberdade para experimentar de acordo com o
tipo de arte que estou fazendo e a equipe que estou trabalhando. Acho que em
todos os campos existe liberdade e limite e o melhor é quando há uma dosagem de
ambos. Acho que por serem menores e geralmente com orçamentos mais baixos, os
riscos que se corre fazendo um curta-metragem são menores, podendo então
arriscar mais.
O curta-metragem é um trampolim para
fazer um longa?
Não
necessariamente. Se a pessoa tem experiência zero com cinema, talvez um curta
seja um bom começo, principalmente pela visibilidade, mas não necessariamente a
levará para um longa-metragem. O importante é observar e aprender ao máximo
para quando este longa vier a pessoa vai estar preparada.
Qual é a receita para vencer no
audiovisual brasileiro?
Não há
receita. Eu penso sempre no público, torço pra dar certo e faço as coisas que
acredito. Se você descobrir a receita me conta! :)
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sinceramente tenho pensado bastante em todos
os campos do que é ser um artista. Me encanta e ideia de dirigir e escrever,
mas só futuramente.