Clara Carvalho faz parte do renomado Grupo Teatral Tapa. Atuou em filmes como ‘O Maior Amor do Mundo’ e ‘Quanto Vale ou é por Quilo?’.
Qual é o grande barato de um curta-metragem?
O curta-metragem eu acho que é como se fosse um conto. Eu acho que o longa-metragem é como se fosse um romance, uma novela, e o curta-metragem é como se fosse um conto. Então ele pode ser tão perfeito quanto um longa, só que ele é compacto, ele é mais Maikai, é uma coisa mais rápida. Eu acho que é tão envolvente, tão encantador quando, só que mais curto.
O curta tem um poder de síntese muito grande, isso para um ator é mais difícil trabalhar, trabalhar personagem e tudo mais?
Eu acho que é, não sei se é mais difícil, acho que você tem que ser mais preciso, você tem menos chance de se explicar, de contar história. Então você tem que ser muito preciso no que você está fazendo, tem que dar a entender de cara o que é. Às vezes é como fazer um personagem pequeno numa peça, precisa ser muito bem feito, para que aquilo imprima rapidamente alguma coisa, você não tem a oportunidade de ficar voltando, e repetindo e refazendo. Então eu acho que acaba tendo que ser muito bem feito para ser bom.
Qual foi o curta que fez a sua cabeça?
Ahh, eu adorei o “Frankenstein Punk” da Eliana Fonseca, eu adoro a Eliana Fonseca, eu gosto muito da “Revolta dos Carnudos” também da Eliana Fonseca. Filmes da Andréia Beltrão que foram feitos nos anos 80, que são maravilhosos, eu vi esses curtas depois eu nunca mais encontrei. Tem tantas jóias perdidas, mas eu citaria esses dois da Eliana Fonseca e do Cao Hamburger que eu acho muito legais.