quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Luciana Carnielli



Atriz. Atuou em "Torre de Babel".

Luciana, conte-nos da sua relação com o cinema.
O cinema é uma coisa que acompanha... acho que as pessoas da minha geração. Quando criança, porque tinha a famosa ‘Sessão da Tarde’, não é verdade? E eu me lembro que eu assistia muito filme, e os meus pais me levavam ao cinema, desde cedo eles começaram a estimular em mim, o gosto pela arte, então eles me levavam ao cinema, me levavam ao teatro, me levavam a exposições, me levavam aos museus, e eu achava um mundo muito fantástico, porque você ia ao cinema muito pequena, e você via os desenhos, assistia muito a Walt Disney e eu sempre achava muito estranho quando eu saia e me deparava com o mundo normal da rua, das pessoas, dos passantes.

E um curta-metragem que você tem assistido que tenha mexido com você?
Olha eu não me lembro quem é o diretor do curta, mas é um curta que sempre eu acho muito inteligente. É com o Otávio Augusto e a Denise Viener, que ele ganha uma BMW, num concurso, em um sorteio, não me lembro muito bem. E ele não tem condições de pagar os impostos do carro para ele poder vender, passar o carro para frente. E eles são muito pobres e eu só sei que eles acabam morando dentro da BMW. Não sei se você conhece esse curta, e aquele carro vai caindo, e vai ficando todo estropiado, vira um verdadeiro barraco aquela BMW, e eu acho aquilo maravilhoso, eu acho crítico, bem divertido, bem-humorado a maneira que eles fizeram. E outro curta que eu gosto muito, é um curta da ‘Fuleiragem’ que é a produtora do Gero Camilo e do Gustavo Machado, que chama “Parabéns”, que é o dia do aniversário dela, ela acorda, e se sente totalmente solitária naquele lugar, no apartamento dela, até ela descobrir que estava todo mundo deixando ela sozinha de propósito, porque estavam preparando uma festa surpresa para ela. Acho que são esses dos que eu me lembro agora.

Você falou do Gero e da Paula, que eu tive a oportunidade de entrevistá-los. Eles têm uma produtora, eles são de teatro, tem uma produtora que faz curtas. Você pensa, por exemplo, em atuar nessa área do cinema, de curtas? Já rolou algum convite com o Gero e a turma dele?
Inclusive essa peça que a gente faz é produzida pela produtora do Gero de teatro, mas parceria em cinema é uma coisa que ainda não aconteceu, a única experiência que eu tive como atriz no cinema foi uma participação que eu fiz no filme “Boleiros – era uma vez o futebol”. É uma área que eu adoraria trabalhar, mas ainda não tive oportunidade, espero que os deuses conspirem para que a coisa aconteça.

Você além de atuar, pensa em dirigir alguma coisa, um curta?
Eu acho que eu não conheço a linguagem do cinema a esse ponto. Eu acho que primeiro eu precisaria atuar bastante em cinema, conhecer a linguagem, conhecer exatamente como me colocar para a câmera, para ler da melhor forma aquilo que eu estou querendo transmitir e quem sabe pensar numa coisa dessas, mas isso nunca me passou pela cabeça.