sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Os Trapalhões: Joaquim 3 Rios


Joaquim 3 Rios
Diretor de animação


O senhor desenvolveu a primeira trilha do programa dos Trapalhões. Como surgiu o convite para trabalhar com Os Trapalhões?
No fim de 1975, a pedido do Boni, a Blimp Film pediu que eu criasse um storyboard de um minuto para a abertura do programa do grupo recém-contratado pela Globo, usando caricaturas dos personagens. Eu desconhecia a trilha sonora, que ainda ia ser produzida e sequer sabia o nome do programa.

Você acompanhava o quarteto, seja no cinema e/ou na televisão, antes de trabalhar com eles?
Nunca trabalhei com o grupo e nem fui muito interessado nele.

Em que ideias o senhor se baseou para elaborar essa trilha?
A trilha sonora foi fornecida pela TV Globo (depois da produção da vinheta), e eu nem sei quem a criou.

Quais as suas principais recordações dos bastidores de trabalho com Os Trapalhões, nesse período?
Minhas recordações do trabalho são: que a produtora foi a Blimp Film (aliás, foi o último filme que fizemos juntos); que o prazo de produção era muito curto; que a criação, direção, roteiro e storyboard são meus; que eu encomendei as caricaturas ao Bigantti (caricaturista do jornal O Estado de S. Paulo). Recordo também que os animadores foram: Mário Lantana, Hugo Titotto e Sebastião Santana.

Como era o seu contato com o quarteto (Didi, Dedé, Mussum e Zacarias)?
Nunca tive qualquer contato com o grupo.

Em sua opinião, quem era o maior comediante do grupo?
Eram dois: Mussum e Zacarias.

Como classifica o cinema feito pelos Trapalhões?
Popular.

Gostaria que contasse alguma curiosidade ou fato desconhecido do público que tenha presenciado como testemunha ocular.
A única vez que falei com um membro do grupo foi quando (em 1976 ou 1977) o Renato Aragão esteve em meu estúdio, na companhia do Sérgio Murad (Beto Carrero), para tratar de um projeto que não avançou.

Que projeto foi esse que não avançou?
Eles queriam fazer um desenho animado dos Trapalhões, mas não tinham verba.