Um dos atores nacionais de maior renome, Paulo Betti estreou na direção de um longa-metragem com “Cafundó”.
Qual é o desafio, para um ator, atuar em curtas?
O desafio é o mesmo de um longa. O personagem é o desafio do ator, encontrar a melhor maneira de representá-lo.
É interessante atuar em curtas mesmo sabendo que a exibição é restrita e que o seu trabalho fatalmente será visto por poucas pessoas? O que te leva a aceitar esses desafios?
Acho interessante o contato com novas equipes, ás vezes são estudantes, é um ar novo, todo mundo fazendo por amor, querendo aprender, acabam ensinando. Um set de filmagem é sempre um ambiente curioso, interessante, depois a duração de filmagem de um curta é menor, não dá tempo de se instaurar o tédio. Aceito quando gosto do roteiro e do projeto.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que seria legal se houvesse espaço na televisão para exibição dos curtas, mas isso só ocorrerá quando esse espaço for obrigatório, determinado por lei. Mesmo para os canais a cabo seria interessante que a legislação obrigasse.Isso não fere os princípios democráticos como dizem as emissoras, a lei poderia regular isso, senão os curtas jamais terão espaço.
Você já dirigiu um longa, pensa em produzir e/ou dirigir curtas?
Ainda não tive idéia para um curta, mas se tiver uma certamente procurarei realizá-la.