Produtor e cineasta que, em 1965, fundou com Glauber Rocha a Mapa Filmes, empresa que realizou, entre outros, "Terra em transe" (1966); "O dragão da maldade contra o santo guerreiro" (1968) e; "Cabeças cortadas" (1970). Em 1999 dirigiu seu projeto mais ambicioso, "Villa Lobos, uma vida de paixão".
Qual é a sua relação com os Curtas?
Minha relação com o curta metragem não pode deixar de ser ótima. Já fiz algumas dezenas deles. Não existe nenhum cineasta que não tenha passado - e continue passando - por esta experiência.
Acha que dá para contar uma história em pouco tempo de metragem?
Dá para contar histórias em 30 segundos. Depende da história e da maneira de contá-la. O tempo não é empecilho. Tem comerciais que narram a vida de uma pessoa desde o nascimento até a morte e duram 30 segundos ou um minuto.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem?
É difícil, pois não existe mercado de curta-metragem. Talvez com o advento das novas mídias isto seja possível.
Qual é a importância histórica do curta-metragem no cinema nacional?
O cinema brasileiro tem uma produção riquíssima e de grande qualidade em curta-metragem sejam de ficção ou documentais. Filmes de altíssimo nível e premiados mundialmente. Apenas para citar dois entre dezenas de outros: "Di Cavalcanti" de Glauber Rocha e "O dia em que Dorival encarou a guarda" de Jorge Furtado.
Pretende fazer um curta-metragem futuramente?
Acabei de fazer um de 7 minutos sobre uma crônica de Euclydes da Cunha. É o primeiro que faço de ficção e gostei muito do trabalho.