segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pascoal da Conceição

Seus papéis mais conhecidos são o de Dr. Abobrinha na série infantil ‘Castelo Rá-Tim-Bum’; e o de Mário de Andrade na minissérie "Um Só Coração". Em cinema atuou em filmes como ‘Olga’ e ‘Lumpet’, este, um curta-metragem.

Gostaria que você falasse da sua história em relação aos curtas-metragens...
Fiz muito pouco cinema, seja curta, seja longa. Os curtas foram principalmente com pessoal da ECA-USP que me permitiram um pequeno contato com o universo do cinema e de certa maneira me prepararam para os dois longas que participei.

E a sua preparação para atuar numa peça de teatro, em um filme, como que é o tempo de preparação de um personagem, o que difere do teatro para ao cinema?
Há sem dúvida mais diretores de atores para teatro do que para cinema ou televisão. Os diretores de cinema estão na maioria das vezes assoberbados com o trabalho da realização técnica e dão muito pouca atenção ao trabalho da atuação. Por sua vez, os atores, falo em meu nome, se viram como podem na frente das câmeras, apoiando-se no seu trabalho de criação e interpretação aprendido no teatro. Eu cheguei até a pensar que interpretação fosse igual em todos os lugares, mas cada vez eu fico mais confuso e vou e volto com esse raciocínio achando que são muito diferentes entre si. Uma coisa que altera profundamente a interpretação é a presença de público, ao vivo, o que no cinema acontece em outro tempo e espaço.

Você gosta da linguagem do curta-metragem?
Em se tratando de contar histórias, de permear realidades, o que interessa é o conteúdo, e sendo curta, longa ou teatro é uma coisa irrelevante.

É uma coisa que mexe com você como ator?
Não fiz muitos trabalhos em cinema que me dessem condição de sentir mais profundamente esses trabalhos. Teria que fazer mais, errar mais, buscar uma maior quantidade para aprimorar minha qualidade como interprete.

Você pensa em dirigir um curta, tem idéia ou o seu trabalho é mais como ator?
Não pensei no assunto. É o que disse: cinema é uma língua que não faz parte do meu cotidiano, sempre fui mais espectador do que realizador. Vontade de fazer eu tenho, mas nunca me mexi para fazer.