quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Raul Barretto

Raul é palhaço, ator e produtor brasileiro. No Circo Escola Picadeiro se especializou em palhaço, malabares, monociclo e arremesso de facas. Lá conheceu os parceiros que o convidariam, em 1992, a ingressar no grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões. Com a companhia, recebe o Grande Prêmio da Crítica APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) pelo projeto “Vamos Comer o Piolin”, em 1998. Em 2006, a partir da parceria dos grupos teatrais Parlapatões e Pia Fraus, cria o Circo Roda. Neste mesmo ano, inaugura o teatro Espaço Parlapatões, localizado na Praça Roosevelt, em São Paulo.

O que te faz aceitar participar de trabalhos em curta-metragem?
Em primeiro lugar se o personagem tem a ver comigo, se representa um desafio. Muito importante  a qualidade do roteiro e a competência da equipe envolvida.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Pela mediocridade, incompetência e preguiça dos responsáveis pelas editorias culturais destes veículos que poucas vezes conseguem enxergar além de seus próprios narizes. Talvez a categoria também precise de uma união maior para poder ter mais força na luta contra este império.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Gostava do formato de ter um ou dois curtas antes de cada longa, muito melhor do que ter de aturar comerciais mal feitos passando num vídeo de péssima qualidade. A TV também devia abrir espaços para curtas. Agora esta programação deve ser criteriosa, pois muitos curtas só merecem ser vistos nas telas dos celulares de seus realizadores.

É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Acho totalmente possível o cineasta fazer apenas curtas, como um escritor pode ser apenas poeta, ou contista. Claro que ao fazer um curta ele estará habilitado a realizar um longa.

O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Tem quem marginaliza e quem valoriza.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não.