domingo, 8 de setembro de 2013

Munir Kanaan

Ator e produtor. No cinema destacam os trabalhos "Angels of Rio", pela BBC Londres, "Póvora Negra" e " Nome próprio" -dirigido por Murilo Salles e indicado ao prêmio de melhor ator no Festival Cinema de Gramado, em 2008. Sua versatilidade proporcionou participações também na televisão como as novelas "O profeta" (2006/2007) e "Duas caras" (2007/2008), na Rede Globo, "Futura profissão" (2005), como apresentador no Canal Futura e a série "Os figuras" (2011), série do canal Multishow. Atualmente dirige sua produtora, Gengibre Multimídia, criando e desenvolvendo conteúdo audiovisual.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Não vejo diferença em atuar num longa ou num curta. A entrega do ator tem que ser a mesma, a história existe, a personagem existe, o set existe. São as mesmas motivações, o roteiro, a direção, a personagem.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Penso que os curtas pertencem a um lugar onde a experimentação vem na frente. Isso deve fazer com que a maior parte do público se restrinja aos profissionais do cinema, outros artistas e alguns simpatizantes. O que naturalmente deve acabar gerando uma mídia alternativa e mais direcionada.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acredito que antecedendo os longas nas salas de cinema, mas previsto e, de alguma forma, relacionado com a programação.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Pensando na questão financeira, acredito que não. Artisticamente, com certeza. Mas, ainda não conheci nenhum diretor que dissesse só gostar de contar histórias curtas. São desafios diferentes, contar uma história curta e contar uma história longa.
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Sempre vi muito respeito com os curtas. A maioria dos profissionais que trabalham com cinema já estiveram envolvidos com curtas e sabem da paixão que os movem. Um minuto pode ser mais valioso e mais belo do que 120 minutos.
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Acabei de ter a minha primeira experiência como diretor, foi dirigindo uma série de ficção para TV. Gostei muito e tive a certeza de que em breve vou dirigir o meu primeiro curta.