“Dos 500 capítulos de Chaves foram aproveitados 400, que
demoraram quase três anos para serem dublados, sonorizados e editados. Quando tudo ficou pronto, Silvio (Santos) me
perguntou o que eu estava achando do seriado. Respondi que se tratava de um produto
barato, sem qualidades em termos de televisão atual, que pecava pela
iluminação, pecava nas cores, sempre muito fortes; enfim, percebia-se que o
cenário simples da vila era de papelão. Mas comentei que preferia ver minha
filha de quatro anos assistindo a esse humor puro, de circo, como o que eu
assistia no Piolim, ao humor que víamos nos Trapalhões, impregnado de erotismo
desnecessário. Contei a Silvio que enviara cópias de alguns capítulos aos
diretores de programas do SBT para opinarem, e todos tinham considerado o
seriado uma droga, uma porcaria. Foi aí que Silvio determinou que se preparasse
cinco capítulos para colocar no ar como experiência. Isso aconteceu em 1984”.
Página 112. Trecho do
livro “A Fantástica História de Silvio Santos” (Arlindo Silva, Editora do
Brasil).