sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cláudio Curi

Cláudio Curi é um ator e cantor. Atuou na telenovela ‘A Escrava Isaura’ (versão da TV Record). No Cinema, entre outros, esteve em 'O beijo da Mulher Aranha' de Hector Babenco, 'Forever' de Walter Hugo Khouri, 'Capitalismo Selvagem' de André Klotzel e 'Boleiros' de Ugo Giorgetti.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Geralmente são participações afetivas, pois, nós atores, somos muito solicitados pelos estudantes de cinema e as produções de curtas geralmente não têm cachês para os atores profissionais. Aceitamos. também, quando gostamos do roteiro ou quando, como já disse acima, somos ligados, por amizade, com algum cineasta como foi o caso do último curta que fiz Sonho de Valsa, de Beto Besant, filme este que já participou de vários festivais.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Porquê são pouco exibidos, geralmente participando de mostras específicas ou de festivais de cinema. Normalmente,  os curtas não têm a mesma atenção da mídia e dos críticos, os quais são mais voltados para os longas-metragens.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acredito que deveria existir uma cota obrigatória para exibição dos curtas. Antigamente, nas salas de cinema tínhamos, antes da exibição do longa, os complementos nacionais, ou seja, "os jornais" como eram chamados. Atualmente, só propaganda (em excesso) e trailers. Por que não a exibição de um curta, como complemento, antes do longa? Tomaríamos conhecimento de jovens cineastas, promissores, que, certamente, depois, fariam carreira em longas-metragens.
 
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Acho que sim, dependendo da visão do cineasta. Mas, acredito eu, o curta geralmente serve de trampolim para o longa que, penso eu, seja a ambição de qualquer cineasta, bem como para ótimos trabalhos em televisão, como ocorre com vários.
 
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Não creio. Acho que cineasta é cineasta, seja de curtas, quanto de longas. O que importa é o amor pelo cinema.
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não, não penso, embora seja cinéfilo e adore cinema. Meu trabalho é o de ator, diante das câmeras, que é o que eu gosto de fazer.