Jannete é modelo e atriz.
Qual é a importância histórica que o curta-metragem tem no cinema brasileiro?
Antigamente se faziam filmes curtos por questão financeira e porque era uma forma do cineasta testar suas histórias, entreter... Tudo começa com os curtas. E principalmente no cinema brasileiro pela questão financeira.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Os curtas têm espaço na mídia, mas são apresentados em festivais e mostras, é um outro público.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Poderia se passar curtas antes de longas. Poderia ter mais divulgação na internet. Mas como é um público alternativo as pessoas interessadas vão atrás. E poderia ter divulgações em todas as mídias, na TV, por exemplo.
É possível ser um cineasta só de curta-metragem? Vemos que o curta é sempre um trampolim para fazer um longa...
Sim, é possível. Só não se é possível pagar suas contas vivendo de curtas. O cinema é uma área de elite e os longas têm mais chances de divulgação e grana. Curtas podem receber prêmios, e não dão retorno financeiro. Mas não deixa de ser uma porta pra longas e bons contatos. Tem que arriscar.
O curta-metragem é marginalizado entre os próprios cineastas?
Acho que não. Tem muita gente bacana fazendo bons curtas. Mas falta mesmo incentivo financeiro, eu acho. Sei que tem filmes brasileiros lá fora que ganharam prêmios e talvez falta um pouco de atenção dos grandes cineastas com os curtas pois a maioria destes são de estudantes, pessoas que estão aprendendo a fazer cinema, e por isso acho que os grandes não têm muito interesse... Mas vale tentar sempre.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Eu amo cinema, e sempre fico criando curtas na minha cabeça... Penso, a princípio, em atuar apenas. Sou bem crítica e amaria estar por trás das câmeras dirigindo, mas teria que estudar. Sou perfeccionista, e acho que tem que estudar pra se fazer qualquer coisa. E, por enquanto, estou estudando interpretação.