sábado, 14 de junho de 2014

Nélly Trindade

 
Formada pela Oficina de atores Nilton Travesso e Fátima Toledo (escola de cinema). No cinema atuou em ‘Linha de Fuga’, direção Alexandre Stokler e ‘O Inferno de Cada Um’, direção Miguel Rodrigues. Atualmente estou no ar na novela ‘Chiquititas’ (SBT) e nos cinemas com o longa ‘Do lado de Fora’, de Alexandre Carvalho.
 
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Gosto da linguagem do curta-metragem e acho que atualmente está tendo um pouco mais de visibilidade, um bom caminho contar uma história em pouco tempo e uma boa oportunidade para divulgar meu trabalho de atriz, participando de festivais.
 
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minhas duas últimas experiências foram, 'O Caso Letícia', no qual faço uma mulher desequilibrada, pois era abusada sexualmente pelo pai, sozinha no mundo depois da morte de seus pais ela começa a fazer analise se apaixona pelo seu psiquiatra (Flávio Galvão), com direção de Beto Strada. Foi filmado em Goiânia e está atualmente rodando os festivais. E ‘ Espelho’, um curta-metragem feito dentro do grupo de estudo de cinema ‘AP43’, do qual faço parte.
 
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que isso está começando a mudar, não sei porque esse descaso com o curta, tem muita coisa boa sendo feita e deveria ter um espaço melhor no mercado e na mídia, grandes profissionais fazem investem nesse tipo de filme.
 
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que deveriam ter salas para exibir esses filmes semanalmente, já existe espaço na TV, mas no cinema fica a desejar e muito!
 
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim! O curta é cinema mesmo que seja curta-metragem, quando participo de um sempre experimento e crio para minhas personagens.
 
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho que sim, geralmente os diretores começam com o curta e depois vão para o longa, pra mim como atriz foi da mesma maneira, primeiro fiz bastante curta e agora estou fazendo
longas.
 
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Persistência, acredito que tudo está melhorando e que já crescemos muito nesses últimos anos, acho que o governo deveria contribuir com mais verba para o cinema nacional, além das empresas privadas.
 
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Um dia quero dirigir sim, tenho um roteiro que escrevi, mas atualmente meu foco é atuar.